Salas de aula funcionam em locais improvisados em aldeia de Dourados

São em salas de aulas improvisadas que crianças indígenas da Escola Tengatuí Marangatu, estudam na cidade de Dourados, sul de Mato Grosso do Sul. A dificuldade para chegar às salas de aula, devido à condição das estradas, reflete diretamente na educação. Enquanto as salas prometidas pelo governo, que seriam uma extensão da escola, não foram […]

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São em salas de aulas improvisadas que crianças indígenas da Escola Tengatuí Marangatu, estudam na cidade de Dourados, sul de Mato Grosso do Sul. A dificuldade para chegar às salas de aula, devido à condição das estradas, reflete diretamente na educação.

Enquanto as salas prometidas pelo governo, que seriam uma extensão da escola, não foram construídas, os professores dão aulas a aproximadamente seis meses em um antigo armazém de grãos. Lá foram instalados ventiladores e janelas, recentemente, após várias reivindicações, mas a falta de estrutura vai além.

Um bebedouro fica do lado de fora das salas, sob sol e chuva, e os banheiros estão em péssimas condições, inclusive faltando parte da porta de um deles, como foi relatado pela Associação de Professores da Aldeia. Eles constatam que muitas crianças, por isso, abandonam a sala antes mesmo de completar o ano escolar.

De acordo com a Associação, as condições deploráveis refletem negativamente nos alunos. Em dias de chuva, não conseguem chegar até a escola e de sol, com o calor, eles precisam levar as cadeiras para outro ambiente, pois chegam a passar mal.

“Não existe estímulo com essa situação na escola, algo que motive as crianças a estudar mais. Até mesmo os professores trabalham com uma série de dificuldades”, relata os representantes na presença também do capitão da Jaguapiru, Leomar Silva.

“As escolas estão sem funcionários, docentes e administrativos, precisa de concurso”, diz o presidente Izaque Souza. Segundo ele, não há também coordenação pedagógica nas escolas Lacui Isnard, Agostinho, Araporã e Pai Chiquito, na aldeia Panambizinho.

No mínimo, segundo a Associação, é necessária a construção de quatro salas de aula. Os indígenas se reunirão na quinta-feira, 28, para tomar decisões a respeito do caso.

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