Rússia retira acusações contra brasileira do Greenpeace
G1/ID Uma das 30 pessoas ligadas ao Greenpeace presas em setembro durante um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico, a bióloga brasileira Ana Paula Maciel teve as acusações retiradas formalmente pela Rússia. As informações foram divulgadas pela organização ambiental nesta quarta-feira (25). Além dela, todos os outros membros do grupo serão beneficiados pelo […]
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Uma das 30 pessoas ligadas ao Greenpeace presas em setembro durante um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico, a bióloga brasileira Ana Paula Maciel teve as acusações retiradas formalmente pela Rússia. As informações foram divulgadas pela organização ambiental nesta quarta-feira (25).
Além dela, todos os outros membros do grupo serão beneficiados pelo cancelamento das investigações. O único que ainda não passou pelo procedimento formal é o marinheiro italiano Cristian D’ Alessandro, cuja formalização foi adiada para esta quinta por falta de um tradutor, segundo informa a agência EFE.
De acordo com o Greenpeace, agora os 26 membros do grupo que não são da Rússia vão entrar com pedido de visto de saída para poderem voltar para seus países. Uma reunião com o Serviço de Migração Federal está marcada para esta quarta-feira. Um porta-voz da ONG que está acompanhando o processo em São Petersburgo informou que, se Ana Paula conseguir o visto da forma esperada, ela deve deixar a Rússia rumo ao Brasil no fim desta semana.
Anistia
O parlamento russo havia aprovado no dia 18 um decreto concedendo anistia a presos por atos de vandalismo e que beneficiou o grupo, que vem sendo chamado pelo Greenpeace como “30 do Ártico”.
Os 28 ativistas e 2 jornalistas freelancers tentavam escalar uma plataforma petroleira da Gazprom no dia 19 de setembro, para protestar contra a exploração do Ártico, quando foram surpreendidos pela polícia russa, que prendeu toda a tripulação do navio Arctic Sunrise.
O grupo permaneceu detido durante dois meses, primeiro sob a acusação de pirataria e, em seguida, sob a acusação de vandalismo. Em novembro, eles receberam o direito de responder ao processo em liberdade mediante pagamento de fiança. Desde então, estão livres no país, mas sem poder deixá-lo.
Nesta segunda-feira (23), os 30 assinaram um documento no qual declaravam não se opor à lei de anistia.
Outros beneficiados
A decisão pela anistia, que beneficiou também membros do grupo Pussy Riot, marcou o aniversário de 20 anos da adoção da Constituição russa pós-comunista, em 1993.
Segundo o texto aprovado por unanimidade, o perdão traz benefícios “para os setores sociais mais vulneráveis” e deve libertar 25 mil pessoas. A anistia não contempla que tem uma condenação superior a cinco anos de prisão.
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