Rugai não consegue explicar lesão no pé, e reclama de delegado: “Não foi gentil comigo”
Uma das provas elencadas pela acusação de Gil Rugai, a lesão no pé direito que seria compatível com o arrombamento da porta de onde estava seu pai, Luiz Carlos Rugai, não conseguiu ser explicada pelo réu ao juiz. O estudante é interrogado desde as 15h15 pelo juiz do caso, Adílson Simoni, sob acusação de ter […]
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Uma das provas elencadas pela acusação de Gil Rugai, a lesão no pé direito que seria compatível com o arrombamento da porta de onde estava seu pai, Luiz Carlos Rugai, não conseguiu ser explicada pelo réu ao juiz. O estudante é interrogado desde as 15h15 pelo juiz do caso, Adílson Simoni, sob acusação de ter assassinado o empresário e a mulher, Alessandra Troitini, em março de 2004.
Conforme laudo do legista Daniel Munhoz, que acabou ouvido no júri depois de ser arrolado pela acusação, Rugai tinha uma lesão óssea de, no máximo, 60 dias. Para o IC (Instituto de Criminalística), o trauma poderia ter sido ocasionado por uma pancada como a encontrada na porta da sala do empresário.
Indagado pelo juiz se havia sofrido algum acidente ou alguma queda que justificasse a lesão, disse que não tivera nenhum trauma do tipo há pelo menos um ano anterior ao crime. Se sabia da lesão? “Soube pela advogada”, disse.
Réu se queixa de instrutor de voo e delegado
Ao final da inquirição, o magistrado apresentou uma lista de pessoas ao réu, e, nome por nome, perguntou a ele se as conhecia e se tinha algo contra alguma delas. Todos, nomes constantes dos autos –alguns, de testemunhas ouvidas durante o júri.
Rugai não se lembrou de todos; entre os de quem se lembrou, fez objeções contrariadas sobre dois nomes: o de Alberto Bazaia Neto, instrutor de voo de seu pai, e o de Rodolfo Chiarelli, delegado que presidiu o inquérito que o indiciou pelo duplo homicídio e que representou pela prisão preventiva dele.
“Não entendi por que ele deu aquele depoimento”, disse, sobre Bazaia Neto. O instrutor disse em juízo ter ouvido de Luiz Carlos que o filho fraudara sua produtora; dias antes de morrer, teria dito a Alessandra, por telefone, que pechinchasse troca de fechaduras da casa. Para a acusação, o empresário estava com medo do filho.
Sobre o delegado, declarou: “Ele não foi muito gentil comigo, não tive boas experiências com ele”, destacou. “Ele não podia ficar com um caso aberto na mão; tinha que fazer o trabalho dele”.
No depoimento até agora mais lngo do júri, cerca de seis horas, o policial disse na terça-feira (19) não ter “dúvida alguma” sobre Rugai ser o autor do duplo homicídio.
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