Projeto de MS patrocinado pela Petrobras concorre ao prêmio ANU Preto

O projeto Arte de Fazer e Reciclar, patrocinado pelo Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania, e desenvolvido pelo Instituto Arara Azul, venceu a etapa regional do Prêmio Anu 2013 pelo Estado do Mato Grosso do Sul, e agora concorre à premiação final – o prêmio ANU PRETO. O prêmio, idealizado e organizado pela Central Única das […]

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O projeto Arte de Fazer e Reciclar, patrocinado pelo Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania, e desenvolvido pelo Instituto Arara Azul, venceu a etapa regional do Prêmio Anu 2013 pelo Estado do Mato Grosso do Sul, e agora concorre à premiação final – o prêmio ANU PRETO. O prêmio, idealizado e organizado pela Central Única das Favelas (CUFA), reconhece publicamente iniciativas de fundações, ONGs, entre outras instituições que desenvolvam projetos para o aumento da renda e qualidade de vida, em comunidades em risco social.

A cerimônia de entrega do troféu “Anu de Ouro” aos projetos vencedores da etapa regional, e do troféu “Anu Preto” para as três iniciativas de mais destaque no país, acontecerá no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no dia 20 de fevereiro de 2013.

A iniciativa

O projeto social Arte de Fazer e Reciclar, patrocinado pelo Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania na linha de atuação Geração de Renda e Oportunidade de Trabalho, incluiu no mercado de trabalho 30 catadores e familiares do entorno do pantanal de Mato Grosso do Sul, e outros 300 artesãos que reaproveitam os resíduos coletados, para reciclar, produzir e comercializar artigos.

A coleta seletiva é realizada com veículo próprio, três vezes por semana, nos bairros de Santa Terezinha e na região central da cidade. Para ampliação da coleta, o projeto fez parcerias com empresas que doam seus resíduos para o núcleo de coleta seletiva, coletando mensalmente de 4 a 6 toneladas de papelão, plástico transparente, garrafas pet, frascos de desinfetantes, latinhas, entre outros. Os resíduos coletados são separados, prensados e vendidos na capital do estado, onde o valor dos reciclados é maior. O resultado das vendas é dividido entre os catadores proporcionalmente às horas de trabalho.

Atualmente, o Arte de fazer e Reciclar tem em atividade na região um núcleo de coleta seletiva, um núcleo de artesãos com produção de artesanatos feitos com resíduos de couro, como bolsas, cintos e carteiras, e um núcleo de produção de sabão artesanal, que utiliza como matéria prima o óleo usado de cozinha, além dos núcleos de produção de pufes de pet e de papel reciclado.

Para a coordenadora técnica do projeto, Neliane Robaldo Guedes Correa, o prêmio representa uma mudança de paradigma.

“Com o projeto, muita gente conseguiu ver arte naquilo que é classificado como lixo. Com a premiação, os catadores vêem a valorização do próprio trabalho, e a comunidade percebe que chegou um tempo de conscientização e mudança de atitudes”, afirma Neliane.

As histórias de José Fernandes da Silva, de 56 anos, e Roseli Santana, de 52 anos, são exemplos de incremento de renda e de aumento da auto-estima. O catador trabalhava por 14h diárias e arrecadava R$200 reais mensais com a venda do material coletado. A partir da participação e capacitação no projeto, assumiu a organização do núcleo de coleta seletiva, e recuperou a auto-estima. Hoje recebe cerca de R$800 por mês. A catadora, conhecida como Rose das Bonecas, aprendeu a confeccionar a primeira boneca nas oficinas do Projeto Arte de Fazer e Reciclar. O aprendizado foi uma alternativa de gerar renda sem sair de casa. A catadora, que cuida dos pais doentes, não tinha disponibilidade para trabalhar fora. Hoje, Rose se tornou independente da Rede, e ganha seu sustento e da família por meio da comercialização das bonecas em feiras e eventos regionais.

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