Produtividade sinaliza estagnação, mostra estudo da FGV
A produtividade da hora de trabalho no Brasil recuou 0,2% de 2011 – 124,3, o maior valor já verificado – para 124,1 em 2012, de acordo com pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV).O levantamento cobriu o período de 1994, ano para o qual foi atribuído o valor-base 100, até 2012. De 2010 para 2011, o […]
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A produtividade da hora de trabalho no Brasil recuou 0,2% de 2011 – 124,3, o maior valor já verificado – para 124,1 em 2012, de acordo com pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV).
O levantamento cobriu o período de 1994, ano para o qual foi atribuído o valor-base 100, até 2012. De 2010 para 2011, o avanço foi de 2%, mas entre 2006 (107,5) e 2010 (121,3), a produtividade do trabalho cresceu em média 3% ao ano.
Antes disso, de 2000 a 2005 houve estagnação do nível de produtividade na faixa em torno de 105. O levantamento utiliza números de horas trabalhadas que reúnem dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O autor do estudo, o pesquisador Fernando de Holanda Barbosa Filho, preferiu não analisar os motivos que levaram a essas oscilações. No entanto, seu colega Rodrigo Leandro de Moura disse que a combinação de mercado de trabalho aquecido e o aumento da participação do setor de serviços na economia brasileira é uma das hipóteses que podem explicar a queda de produtividade observada nos últimos anos no País.
“O menor crescimento da produtividade nos últimos anos é reflexo de um fenômeno que já vem ocorrendo no mercado de trabalho, que é o aumento dos serviços”, disse Moura. Segundo ele, em geral, o setor emprega trabalhadores menos qualificados do que a indústria.
Moura afirmou ainda que, como a taxa de desemprego está historicamente baixa, muitas vezes as empresas acabam contratando profissionais sem qualificação. Ele lembrou também que “boa parte da queda do desemprego vem dos jovens, menos experientes. A falta de experiência deles puxa a produtividade para baixo.”
A Produtividade Total dos Fatores (PTF), também calculada na pesquisa, cresceu 15,5 pontos entre 1994 (100,0) e 2012 (115,5), com uma taxa média anual de apenas 0,8% ao ano. Os períodos de expansão e estagnação seguiram os mesmos da produtividade do trabalho.
PIB pontencial
Barbosa Filho, autor do estudo, calculou também a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) potencial brasileiro ao ano, definido como o nível mais alto do PIB que pode ser mantido de forma sustentada a longo prazo sem causar inflação. “No cenário mais otimista, a taxa é de 3,2%.”
Ele disse que, para chegar a esse número, levou em conta uma taxa de investimento de 19% do PIB, crescimento de 1% da Produtividade Total dos Fatores (PTF) e expansão de 1,2% das horas trabalhadas no mesmo período.
“É o cenário mais otimista, no qual tudo dá certo, porque atualmente registramos valores menores em cada um desses três pontos.” Barbosa Filho, autor do estudo, calculou também a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) potencial brasileiro ao ano, definido como o nível mais alto do PIB que pode ser mantido de forma sustentada a longo prazo sem causar inflação.
“No cenário mais otimista, a taxa é de 3,2%.” Ele disse que, para chegar a esse número, levou em conta uma taxa de investimento de 19% do PIB, crescimento de 1% da Produtividade Total dos Fatores (PTF) e expansão de 1,2% das horas trabalhadas no mesmo período. “É o cenário mais otimista, no qual tudo dá certo, porque atualmente registramos valores menores em cada um desses três pontos.”
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