Por ano, 500 mulheres devem descobrir o câncer de mama em Mato Grosso do Sul

Com a expectativa de que 500 casos de câncer de mama sejam diagnosticados por ano no Estado, sendo a metade em Campo Grande, a prevenção e a conscientização são as principais armas contra a doença. Para garantir o diagnóstico precoce, neste mês é realizada a campanha de conscientização “Outubro Rosa”. Segundo o diretor clínico coordenador […]

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Com a expectativa de que 500 casos de câncer de mama sejam diagnosticados por ano no Estado, sendo a metade em Campo Grande, a prevenção e a conscientização são as principais armas contra a doença.

Para garantir o diagnóstico precoce, neste mês é realizada a campanha de conscientização “Outubro Rosa”. Segundo o diretor clínico coordenador de projeto de prevenção do Hospital do Câncer, Fabrício Colacino Silva, a expectativa do número de casos, é feita base nos dados do SUS.

“Com essa estimativa, a gente bate tanto na tecla da prevenção. No Outubro Rosa, conseguimos fazer um maior número de diagnósticos precoces, pois mais mulheres procuram realizar a mamografia e o exame preventivo colo útero. Com o diagnóstico precoce, é possível um tratamento mais conservador e menos mutilações”, explica.

O médico explica que os principais métodos para diagnosticar o câncer de mama é a mamografia e o ultrassom. “A mulher não pode esperar uma alteração para buscar um médico. Quando uma mulher apalpa um nódulo ele já está acima de dois centímetros, isso significa que não é mais um nódulo inicial. O autoexame é importante para que a mulher tenha conhecimento do próprio corpo, mas nãos serve como rastreamento do câncer”, reforça.

Segundo o médico, a mamografia deve ser realizada a partir dos 40 anos ou a partir dos 35 anos quando a paciente tem alterações histórico familiar e complementado com o ultrassom. Outro projeto de prevenção desenvolvido pelo hospital é o Ônibus da Saúde, que viaja por todo o Estado realizando exames e cirurgias.

“Neste ano já viajamos para 58 cidades e mais de 11 mil pessoas foram atendidas com a realização de exames de mamografia, preventivo de colo de útero e exames de pele”. “Com esse projeto conseguimos detectar mais de 800 casos de câncer, sendo que o índice de  diagnostico avançado passou de 65%  do para 19%”, ressalta o médico.

Diagnóstico precoce

Foi durante o banho que Elza Ribeiro de Oliveira, 50 anos, descobriu um nódulo no seio no fim de 2005. Ela relembra que se surpreendeu com a doença, pois sempre manteve a saúde em dia, fazendo todos os exames necessários.  “Eu não tinha nada. Lembro certinho da data. Fiz exames no dia 15 de novembro de 2005. Quando foi o dia 20 de dezembro descobri o caroço”.

Elza não demorou para procurar  tratamento médico. “Procurei um especialista, fiz a cirurgia, mas confiante que não tinha nada. Depois de 30 dias quando chegou o resultado da biopsia confirmando que era câncer foi que eu assustei”. Ela passou por cirurgia e sessões de radioterapia e quimioterapia.

Hoje, oito anos depois, Elza passa por exames a cada seis meses para verificar se o câncer não voltou.  Em junho deste mês, ela perdeu a irmã por câncer de colo de útero. A doença também surgiu de repente. “São casos que não tem como explicar. Eu converso com muitas pacientes que vejo brigando e chorando nos corredores e falo que não adianta culpar um médico, um enfermeiro e tentar achar causas. Falo que deitei bem e acordei com ela.”

Para ela, o mais complicado foi a quimioterapia. “Ouvia todo mundo falar, mas nunca achei que fosse acontecer comigo. Acho que deus me deu uma experiência, passei por isso e agora posso passar para outras pessoas lá na frente”.

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