População lota bancas e farmácias para pagar contas durante greve dos vigilantes

Clientes devem procurar agências em funcionamento pelo site dos bancos ou pagar as contas em casas lotéricas, farmácias e bancas de revista.

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Clientes devem procurar agências em funcionamento pelo site dos bancos ou pagar as contas em casas lotéricas, farmácias e bancas de revista.

Com desabastecimento dos caixas e fechamento do atendimento nos bancos por causa da greve dos vigilantes, a alternativa para a população é pagar as contas em bancas de revista, farmácias e casas lotéricas de Campo Grande. Nesta segunda-feira (04), filas se formaram nos pontos alternativos de pagamento.

Além disso, podem ser pagas nos próprios caixas eletrônicos dos bancos, por meio de débito bancário, pois nenhuma operação é feita com dinheiro.

A agência do Banco do Brasil da avenida Afonso Pena está com poucos terminais operando com dinheiro, assim como o Itaú da rua Barão do Rio Branco. Nesta terça-feira (05), a situação deve se agravar.

Ailton Batista, de 61 anos, reclama do impasse da greve dos vigilantes, que fechou a porta das agências bancárias. “O povo é quem sofre neste calor e numa fila que nunca acaba”.

A diarista Solange Silva Souza, de 46 anos, acredita que independentemente de quem é o problema, tem que pagar as contas. “Não quero pagar os juros, então o que não tem remédio, remediado está”, lamenta.

Presidente do Sindicato dos Bancários, Iaci Torres explica que existem agências funcionando na cidade. “Aquelas que estão dentro de prédios públicos e no Fórum, onde têm segurança privada, estão funcionando. É preciso ver no site dos bancos onde estão essas agências para não deixar passar o prazo de pagamento das contas”, explicou.

Enquanto os vigilantes estiverem em greve, os bancos não voltam a funcionar. É o que determina a Lei Federal 7.102. O sindicato denunciou à Polícia Federal bancos do Bradesco e Itaú que estão em funcionamento por expor a vida dos clientes aos bandidos.

Agressão

Casos de agressão nessas agências já foram registrados. “Em uma sala de atendimento do Banco do Brasil que estava sem segurança um funcionário foi ameaçado. Em outra, um trabalhador levou um chute na canela”, relatou a presidente.

Ela ressalta que o fechamento das agências está relacionado à segurança das pessoas. “Os clientes nos culpam de não querer trabalhar, mas é impossível lidar com dinheiro em uma agência sem a presença dos vigilantes. Ninguém fica seguro”, avalia.

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