Plano de carreira pode resolver a defasagem de médicos em cidades pequenas, diz CRM/MS
O presidente do Conselho destacou que as entidades médicas têm insistido junto ao governo para criação um plano de carreiras para a os profissionais
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O presidente do Conselho destacou que as entidades médicas têm insistido junto ao governo para criação um plano de carreiras para a os profissionais
A disparidade de concentração de médicos em grandes centros e nas cidades menores, como foi apontada no segundo volume da pesquisa “Demografia Médica no Brasil: Cenários e indicadores de distribuição”, desenvolvida em parceria entre CFM (Conselho Federal de Medicina) e Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) pode ser resolvida, segundo o presidente do CRM/MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul), Luis Henrique Mascarenhas Moreira, por meio de um plano de carreira, que deve ser feito pelo governo federal.
O presidente do Conselho destacou que as entidades federais médicas juntamente com os conselhos regionais têm insistindo junto ao governo para criação um plano de carreiras para médicos. “Como é feito para juízes e promotores, em que ele tenha condição de ir para uma cidade menor, com uma estrutura minimamente recomendada. É claro, que você não vai querer que uma cidade com 10 mil habitantes se faça uma cirurgia cardíaca ou de alto grau de complexidade, de jeito nenhum. Mas é preciso ter uma estrutura para resolver os problemas mais pertinentes e que ele tenha uma referencia médica próxima, de uma cidade que possa receber os casos mais complexos”.
Referência medica próxima de uma cidade menor pode despertar também o interesse dos médicos de se fixarem nessas regiões. “E ali, além de uma estrutura adequada, o médico vai ter perspectiva de aperfeiçoamento de sua profissão. Esses fatores podem atrair os médicos às cidades menores, afastadas dos grandes centros”, argumentou.
Mato Grosso do Sul está abaixo da média brasileira do número de médicos, segundo revela o estudo lançado nesta segunda-feira (18). O levantamento aponta que 4.238 médicos se encontravam em atividade em outubro de 2012. Com taxa de 1,69 profissional por 1.000 habitantes, o Estado ocupa o 17° lugar em números absolutos de médicos registrados em todo o país (388.015) e o 10º em termos proporcionais. Em torno de 64% destes profissionais se concentram na capital e 64,1% deles atuam no Sistema Único de Saúde (SUS).
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