Plaenge atrasa entrega de apartamento de R$ 2 milhões e cliente reclama do prejuízo
O proprietário já quitou o imóvel e encontrou inúmeros defeitos na obra. Ele continua pagando aluguel e diz ainda que funcionários teriam ironizado a reclamação, dizendo que ‘a Plaenge tem bons advogados’.
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O proprietário já quitou o imóvel e encontrou inúmeros defeitos na obra. Ele continua pagando aluguel e diz ainda que funcionários teriam ironizado a reclamação, dizendo que ‘a Plaenge tem bons advogados’.
Luciano Garcia Alves comprou o seu apartamento no Edifício Grand Palais em abril de 2012, com a programação de entrega prevista para março de 2013. Na data agendada, a construtora Plaenge afirmou que não poderia entregar o bem e que usaria o período extra de 180 dias que a legislação lhe permite para a assinatura da passagem das chaves do imóvel.
Entretanto, a empresa deveria pagar de 0,5% a 1% do valor do imóvel por cada mês do atraso ao cliente, o que não fez. A relação de consumo irá ser resolvida agora na Justiça. O atraso também fez com que o consumidor pagasse por mais tempo a ‘taxa de evolução da obra’.
“Essa situação com a Plaenge me tirou o prumo. Atrasaram a entrega e não fizeram o ressarcimento que deveria ser pago por eles. Meu custo mensal de aluguel, com o condomínio de onde moro hoje é de R$ 2 mil. No dia da vistoria colocaram uma fita vermelha na entrada do apartamento mas vi vários problemas lá dentro: vedação de silicone ineficaz em molduras da porta, torneira fora do lugar e problemas do porcelanato. Queriam que eu assinasse e depois eles resolveriam isso. Não assinei”, diz Luciano.
Outro problema que Luciano enfrenta é a perda de garantia de produtos eletrônicos comprados para o seu apartamento, assim como o dos móveis. Vários artigos comprados permanecem dentro do estoque das lojas, já que o empresário não tem espaço para guardar antes de estar finalmente em seu apartamento. O detalhe é que o imóvel, avaliado em R$ 2 milhões já foi inclusive quitado.
“Toda semana é gente das lojas que eu comprei móveis, televisão, geladeira e outras coisas me ligando pra perguntar quando poderei pegar os produtos. O prazo de seis meses que a Plaenge utilizou teve término agora em setembro. Isso porque é um prédio que fica em um cartão postal de Campo Grande. Quando fui à empresa, uma gerente me atendeu e perguntou se eu estava satisfeito? Perguntei se precisava responder, e ela riu. Depois que disse da minha vontade de entrar na Justiça me falaram que eles também possuem bons advogados”, reclamou o empresário.
Inspiração Francesa
De acordo com a página virtual da Plaenge, o Edifício Grand Palais, localizado no final da Rua Antônio Maria Coelho, nº6443, em frente ao Parque das Nações, é inspirado em um monumento parisiense. O nome é o mesmo do Grand Palais, construído na França no século XIX para abrigar exposições de arte. A versão campo-grandense também apresenta uma fachada imponente, mas foram os problemas básicos no interior do apartamento desapontaram Luciano.
O cliente espera que as adequações sejam solucionadas para que possa receber as chaves do imóvel. De acordo com o empresário, a construtora tentou inclusive na venda de uma vaga de estacionamento regularizar a data da entrega do apartamento.
No mesmo documento em que Luciano efetivava a aquisição de uma vaga extra no prédio, a Plaenge, conforme ele alega, tentou colher uma assinatura do cliente, em que se confirmaria o recebimento do imóvel.
O empresário por sua vez diz não ter o interesse de aceitar o apartamento com problemas em molduras de portas, a pia fora do lugar e azulejos quebrados. A Plaenge já foi notificada pelo advogado de Luciano para dar informações sobre o prazo que irá resolver as irregularidades, porém ainda não deu um posicionamento oficial sobre a solução.
“Já pedi a construtora um prazo sobre a correção das demandas que o meu cliente discordou. A questão é que ele não pode aceitar um imóvel fora das condições corretas. O apartamento está inclusive quitado há um bom tempo. Pelo me que informaram a Plaenge depende de uma empresa de São Paulo para consertar o porcelanato, mas enquanto isso o Luciano está pagando aluguel”, diz o advogado do empresário, Evandro Silva Barros.
Procurada pela reportagem, a construtora afirmou por meio de sua assessoria que não irá se manifestar sobre o problema com o cliente.
Notícias mais lidas agora
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
Últimas Notícias
Viajando pela América do Sul, os alemães Uwe e Kerstin curtem natureza de MS em motorhome
Casal viaja pelo Brasil e Bolívia na companhia de seus dois cachorros
Comemoração do centenário Rádio Clube reúne atletas em corrida pela Afonso Pena
Percurso de sete quilômetros interditou trechos de cruzamentos da avenida
Imprensa internacional repercute prisão de Braga Netto e destaca proximidade com Bolsonaro
O Washington Post escreveu que Braga Netto foi formalmente acusado em novembro
Homem é agredido com mata-leão após pedir para vizinhos abaixarem o som no São Conrado
Vizinhos relataram que a vítima teria partido para cima de um deles antes de ser agredido
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.