Pivô de uma batalha diplomática, Iruan relata dramas e diz que quer voltar a Taiwan
Dez anos depois de ter se tornado notícia internacional pela disputa entre os dois ramos de sua família, uma em Taiwan e outra no Rio Grande do Sul, o menino Iruan Ergui Wu, hoje com 18 anos, falou ao jornal Zero Hora sobre a sua trajetória, que envolveu a perda precoce dos pais, a volta […]
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Dez anos depois de ter se tornado notícia internacional pela disputa entre os dois ramos de sua família, uma em Taiwan e outra no Rio Grande do Sul, o menino Iruan Ergui Wu, hoje com 18 anos, falou ao jornal Zero Hora sobre a sua trajetória, que envolveu a perda precoce dos pais, a volta ao Brasil após viver com os tios paternos no país asiático e o mergulho na pré-adolescência de álcool e drogas. Depois das batalhas judiciais entre a família do pai e a avó materna, Iruan hoje vive com uma terceira família.
O garoto perdeu a mãe, Marisa Ergui Tavares, quando tinha 3 anos, em 1998, e foi viver com a avó, Rosa Leocádia, em Canoas (RS). Quando estava com 5 anos, seu pai, o marinheiro chinês Teng-Shu Wu, levou-o a Taiwan para conhecer parentes. Porém, ele morreu na mesma semana e o menino passou a morar com um tio. Foi então que começou a disputa entre as duas famílias pela guarda do garoto.
Ele viveu no Oriente dos 5 aos 8 anos e, segundo contou ao jornal, via os tios e primos taiwaneses como a sua verdadeira família. Mal lembrava da avó brasileira e não entendia por que queriam tirá-lo de casa para viver do outro lado do mundo. “Eu tinha medo e chorava constantemente”, relembrou. Retirado à força da casa da família taiwanesa, ele voltou a morar com a avó e nunca mais teve contato com a família do pai.
Três anos depois, passou a usar drogas e a beber. Não aparecia na escola e foi reprovado três vezes. A recuperação veio quando passou a frequentar a casa da ex-diretora da escola onde estudava, Etna Borkert, uma das pessoas envolvidas na campanha pelo seu retorno ao Brasil. Quando seu caso já assombrava o Juizado da Infância e Juventude e o Conselho Tutelar, disse ao juiz que preferia ficar com a diretora do que com a avó. “Ele estava perdido. Se meteu com álcool, com drogas. O juiz me chamou, achou muito estranho, muito interessante, mas aceitou, porque era uma escolha do Iruan”, contou Etna, 62 anos.
Hoje ele frequenta o primeiro ano do ensino médio, faz cursos de inglês e de mandarim, trabalha na livraria da antiga escola e participa de um grupo de teatro. Sobre o futuro, Iruan diz que pensa em voltar para Taiwan. “Pretendo terminar a escola e voltar para lá, fazer um intercâmbio de um ou dois anos, ver a família”, disse.
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