Paquera pelo celular vira mania em Campo Grande, mas encontros nem sempre dão certo

Ele virou sensação. Em rodas de bar, de amigos e até no trabalho, as pessoas comentam sobre o aplicativo Tinder, que tem como objetivo facilitar a paquera. Se antes era preciso sair, arrumar-se, passar um perfume bem cheiroso para ir à caça, hoje está bem mais fácil. Basta ter algumas fotos bonitas, fazer o upload […]

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Ele virou sensação. Em rodas de bar, de amigos e até no trabalho, as pessoas comentam sobre o aplicativo Tinder, que tem como objetivo facilitar a paquera. Se antes era preciso sair, arrumar-se, passar um perfume bem cheiroso para ir à caça, hoje está bem mais fácil. Basta ter algumas fotos bonitas, fazer o upload ao se cadastrar e começar a usar o software.

O sistema funciona por meio de combinações – match. Isto é, ao utilizar o aplicativo, você seleciona quem você paqueraria ao ver as fotos dos usuários. Se você escolher algum provável paquera que também o escolheu, match! É aberta uma janela para começar o chat.

Mas quem pensa que precisa de muita conversa, engana-se. No geral, os usuários vão direto ao ponto. Luis Felipe Camargo, 22 anos, professor de matemática e física, conta que conheceu o aplicativo por indicação de amigos. Usando o sistema há dois meses, ele diz que o uso já lhe ‘rendeu umas seis meninas’. “Conheci umas 15 meninas e peguei seis”, diz.

Para ele, o método é bom porque as pessoas só vão conversar se houver interesse, não tem essa de ficar de papinho para cá e para lá até engatar a paquera. “Pelo menos na parte física. Você vai e conversa com que se interessou”, diz.

Questionado se quem usa aplicativo quer só curtição, pontua que sim. “É difícil encontrar as meninas certinhas no Tinder, as que estão lá, estão querendo”, afirma.

A publicitária Ana Camila* acredita que o aplicativo é furada. Ela conta que depois de ter ficado um dia todo usando o Tinder, marcou três encontros, e todos deram errado. “Um dos encontros tinha namorada. O outro, encontrei por acaso na balada com duas mulheres e um tinha um metro e meio. Era o único disponível”, critica, afirmando que as fotos enganam.

Ela revela que marcou encontro com um em uma terça-feira e, em cima da hora, o rapaz cancelou. Quando foi a um bar com os amigos, na quarta-feira, quem estava lá? – o paquera do Tinder, só que de mãos dadas com a namorada. “Na hora que ele me viu, me reconheceu e ficou branco. A namorada percebeu que havia alguma coisa. O pior é que ele era amigo dos meus amigos. Ficou um climão”, reclama.

O que deveria ser o lado positivo do aplicativo – que, a princípio, seria o fato de saber quem está disponível – não funciona, já que os caras mentem, diz. Já o lado negativo, segundo a publicitária, é exatamente o uso incorreto da tecnologia. “Se é um aplicativo de paquera, deveria usar só quem está disponível e não quem está namorando ou é casado”, pontua.

Sensação

Segundo informações da revista Forbes, o aplicativo anunciou que o Brasil superou a marca de 1 milhão de usuários registrados nos últimos meses, tornando-se o seu principal mercado internacional juntamente com o Reino Unido. De acordo com a criadora do app, o Brasil, assim como o Reino Unido, possui uma taxa de crescimento diária de 2%, o que se traduz em cerca de 20 mil novos usuários em cada país todos os dias.

Atualmente, o Tinder ocupa o 11° lugar na App Store, mas já esteve entre os cinco apps gratuitos mais baixados na loja da Apple no Brasil.

*A profissional pediu para não usar o nome verdadeiro.

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