Pais de garoto que teria sido agredido por enfermeiro são convocados pela ouvidoria da Santa Casa

Os pais do garoto J.C, de 17 anos, que teria sofrido agressão por parte de um enfermeiro, no interior da Santa Casa, foram convocados para depor na ouvidoria da instituição, sobre o caso. A audiência está marcada para esta sexta-feira (29) e a ouvidoria da Santa Casa quer registrar o relato dos pais para iniciar […]

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Os pais do garoto J.C, de 17 anos, que teria sofrido agressão por parte de um enfermeiro, no interior da Santa Casa, foram convocados para depor na ouvidoria da instituição, sobre o caso.

A audiência está marcada para esta sexta-feira (29) e a ouvidoria da Santa Casa quer registrar o relato dos pais para iniciar o procedimento administrativo e se for o caso punir o enfermeiro.

Nesta quinta-feira (28), os pais, em companhia do menino, compareceram à Delegacia Especializada na Proteção à Criança e ao Adolescente- Dpca para formalizar o Boletim de Ocorrências.

A mãe de J.C, Fátima Aparecida Rodrigues afirma que além do filho ter sido agredido, o atendimento foi precário. “Eles deram alta para o meu filho sem que todos os exames estivessem feito. Ele reclamou de dores e retornamos ao hospital e ficou constatado que ele estava com a mão esquerda fraturada.

“Não podemos aceitar esta situação. Além da agressão da qual o meu filho foi vítima ainda tem essa questão do exame que não foi feito. Eles deram alta sem perceber que a mão dele estava quebrada”, afirmou.

O caso

Vítima de acidente de moto, J.C chegou ao Pronto-Socorro da Santa Casa por volta das 18h30min do dia 14 deste mês. Depois de aguardar mais de três horas, foi levado para fazer exames de tomografia pelo enfermeiro identificado apenas como Fernando.

O enfermeiro teria solicitado que o técnico de radiologia fizesse os exames no paciente mesmo sem sedação, pois a anestesista não estaria disponível no momento. Com isso, o paciente teria sido deixado amarrado em uma prancha rígida (maca) aguardando uma decisão.

Segundo o relatório, “o enfermeiro Fernando parecia muito nervoso e alterado, passando o paciente para a mesa da tomografia computadorizada quando este tentou levantar-se por conta da desorientação, quando o enfermeiro Fernando desferiu um tapa e um soco no peito do paciente, seguido por gritos e palavrões. O paciente começou a chorar dizendo que estava doente. O enfermeiro Fernando apertou a mão do paciente contra a prancha para tentar conter o mesmo”.

No relatório é possível observar que os próprios companheiros de trabalho do enfermeiro temiam intervir, “devido à grande alteração do enfermeiro Fernando, não falamos nada para impedi-lo para evitar possíveis piores agressões”.

O boletim do plantão é encerrado com a afirmação de que o técnico de radiologia conversou com o paciente, conseguiu acalmá-lo e assim conseguiu realizar o exame às 22h48. Os exames foram tomografia computadorizada de crânio, face e cervical.

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