Pai passa o dia percorrendo instituições e não consegue registrar B.O. por calúnia

J.A.E.N, pai de uma menina de 11 anos, tenta desde a manhã desta segunda-feira (6) registrar um boletim de ocorrência por calúnia contra a mãe da criança, mas já percorreu duas delegacias e não conseguiu. Segundo o relato do pai, ele tem a guarda da criança desde quando ela tinha 1 ano. O aniversário de […]

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J.A.E.N, pai de uma menina de 11 anos, tenta desde a manhã desta segunda-feira (6) registrar um boletim de ocorrência por calúnia contra a mãe da criança, mas já percorreu duas delegacias e não conseguiu.

Segundo o relato do pai, ele tem a guarda da criança desde quando ela tinha 1 ano. O aniversário de 11 anos foi realizado em uma casa de festas no domingo (5) e a mãe estava presente, mas ligou na manhã de hoje dizendo que o denunciaria por agressão a filha.

“Ela sempre inventa histórias e nos complica, fica atrapalhando a nossa vida e isso não contribui com a educação da menina. Para me prevenir disso, resolvi registrar um boletim de ocorrência”.

Ele relata que primeiramente tentou procurar o IMOL (Instituo Médico Odontológico Legal) para fazer o exame de corpo de delito na criança, mas foi encaminhado para uma delegacia. “Disseram que eu teria que registrar o boletim para pedirem o exame, aí eu voltaria lá”, explicou.

Na Depac Piratininga, que é uma das duas delegacias de plantão da cidade, de acordo com o pai, ele aguardou na fila pelo atendimento e foi informado de que teria que procurar a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente) para que, após o registri do boletim, fosse pedido o exame.

“Como eu já tinha gastado muito tempo e combustível para provar que não aconteceu nada com a minha filha, quis registrar apenas um boletim de ocorrência por calúnia, por ela ter me ligado afirmando que eu tinha batido na minha filha, mas disseram que mesmo assim eu teria que procurar a delegacia especializada”, informou.

O pai reclama do atendimento na delegacia. “Imagina se é uma pessoa que não tem condições e nem conhecimento de que eles teriam sim que registrar um simples boletim de ocorrência por calúnia, iam ficar mandando a pessoa de unidade em unidade, gastando passe. Imagina o transtorno disso para uma pessoa desempregada?”, questionou.

Na delegacia, um investigador informou que não sabia dizer o que aconteceu. Com o prédio cheio de pessoas aguardando pelo atendimento, o pai resolveu ir a delegacia especializada tentar registrar o boletim de ocorrência.

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