Operação Ágata combate entrada de terroristas e pode durar até Copa das Confederações
Além de combater crimes transfronteiriços como contrabando, descaminho, imigração ilegal, tráfico de drogas, armas, munições e carros, a Operação Ágata, realizada na fronteira do Brasil, pelas forças militares, quer evitar a entrada de terroristas no Brasil. A preocupação se dá por causa dos grandes eventos esportivos que o país sediará até 2016: Copa das Confederações, […]
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Além de combater crimes transfronteiriços como contrabando, descaminho, imigração ilegal, tráfico de drogas, armas, munições e carros, a Operação Ágata, realizada na fronteira do Brasil, pelas forças militares, quer evitar a entrada de terroristas no Brasil. A preocupação se dá por causa dos grandes eventos esportivos que o país sediará até 2016: Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas.
“Nós sabemos que o Brasil é pacifico, não tem inimigos militares e políticos, mas não podemos descartar essa possibilidade”, disse o general do Exército João Francisco Ferreira, que é Comandante Militar do Oeste, se referindo ao risco de possíveis atentados terroristas.
Diversas agências governamentais estão nas fronteiras do Centro-Oeste para participar da operação. Entre elas, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). “A motivação da vinda da CNEN é porque existe a possibilidade de algum produto radiológico trazido do exterior entre no Brasil em época de grandes eventos. Mas ressaltamos que é uma precaução. Isso é importante”, revela o general.
“Com isso, aperfeiçoamos nossa capacidade de detecção desses itens que possam causar atentados terroristas”, define.
Operação Ágata 7
A Operação Ágata, que está em sua sétima edição, teve início em toda a extensão da fronteira brasileira no último dia 18. Segundo o general Ferreira, são cerca de 17 mil quilômetros de fronteira que são fiscalizados por 7.157 militares da Marinha, Exército e Aeronáutica, além de 171 agentes das polícias Federal, Rodoviária Federal, e Militar.
Agências governamentais como o Ibama, Receita Federal, Defesa Civil, Iagro, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Funai e CNEN também dão apoio à operação, que ocorre simultaneamente em três comandos: Sul, Oeste e Amazônia. No Comando Militar do Oeste (CMO), as fronteiras de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são inspecionadas.
Diferentemente das outras seis Ágatas, a edição de 2013 vai fiscalizar toda a fronteira do Brasil com o propósito de intensificar a presença do Estado na faixa de divisão do país e combater o ilícito internacional.
Em menos de uma semana de trabalho, no decorrer das ações, que se realizam em pontos estratégicos localizados ao longo de 2.500 quilômetros da fronteira Brasil/Bolívia e Paraguai, foram revistados 3.594 veículos e inspecionadas 149 embarcações. Como resultado parcial, foram apreendidos 70 kg de maconha, 18 kg de cocaína e 3 kg de pasta base de cocaína.
O prazo de duração da operação, que é determinada pelos Ministérios da Justiça (MJ) e Defesa (MD) não foi divulgado, já que é de interesse do Estado que ações ilícitas sejam interceptadas. Mas o general acredita que ela perdure por um longo tempo, até a Copa das Confederações.
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