Mundo deve investir mais na busca por meteoros para evitar desastres, alerta astrônomo
As agências espaciais, os satélites orbitais e os observatórios astronômicos aperfeiçoam seus sistemas de busca por objetos que oferecem riscos devastadores de colisão com a Terra, mas nem sempre conseguem detectá-los com antecedência, como foi o caso do meteoro que cruzou o céu da Rússia na última sexta-feira (15). É verdade que mais de cem […]
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As agências espaciais, os satélites orbitais e os observatórios astronômicos aperfeiçoam seus sistemas de busca por objetos que oferecem riscos devastadores de colisão com a Terra, mas nem sempre conseguem detectá-los com antecedência, como foi o caso do meteoro que cruzou o céu da Rússia na última sexta-feira (15).
É verdade que mais de cem toneladas de grãos de poeira do espaço chegam à Terra todos os dias, porém só uma vez por ano um objeto do tamanho de um carro atinge a atmosfera do nosso planeta. Ele cria uma bola de fogo impressionante no céu, mas é pulverizado completamente antes de chegar à superfície terrestre, segundo a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana).
Mas a probabilidade de uma catástrofe não pode ser descartada por astrônomos, lembra João Paulo Delicato, diretor do Planetário de São Paulo, no parque Ibirapuera. Segundo ele, quanto mais tempo o nosso planeta acumula, maiores são as chances de um impacto ocorrer.
“Se um corpo tiver mais de dois quilômetros, ele pode significar a extinção da humanidade. É claro que a chance de isso ocorrer é muito, muito, muito pequena, mas pode acontecer, sim. Em cem anos, por exemplo, é praticamente inexistente, mas, nos próximos dez mil anos, ela passa a ser bem maior.”
O professor de astronomia diz não querer causar pânico com a declaração, mas lembrar que é preciso aproveitar essa onda de interesse do público na busca por bolas de fogo e na astronomia para os institutos exigirem mais verba para seus sistemas de alerta. “As descobertas de asteroides e cometas são muito importantes, mas como não mudam o preço do arroz e do feijão nem curam o câncer, os governos não investem muito dinheiro nelas”, ironiza.
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