MPF denuncia igreja e pastor Marcos Pereira por crime ambiental no RJ

O Ministério Público Federal informou nesta sexta-feira (21) que denunciou o pastor Marcos Pereira da Silva e a igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias por crime ambiental em São João de Meriti. Segundo o MPF, obras realizadas na Fazenda Vida Renovada, de propriedade da igreja, ocasionaram degradação ambiental na Rebio (Reserva Biológica) do Tinguá, […]

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O Ministério Público Federal informou nesta sexta-feira (21) que denunciou o pastor Marcos Pereira da Silva e a igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias por crime ambiental em São João de Meriti. Segundo o MPF, obras realizadas na Fazenda Vida Renovada, de propriedade da igreja, ocasionaram degradação ambiental na Rebio (Reserva Biológica) do Tinguá, na Baixada Fluminense. Marcos Pereira foi condenado a 15 anos de prisão em setembro por estupro de fiéis de sua igreja.

De acordo com a denúncia do procurador Renato Machado, as obras destinavam-se à construção de um heliporto e de uma residência. Um laudo da Polícia Federal concluiu que houve supressão de 3,5 hectares de vegetação no interior da Rebio e de 8,1 hectares de vegetação em sua zona de amortecimento e em áreas de preservação permanente. De acordo com o documento, parte da Fazenda Vida Renovada encontra-se dentro da reserva.

Em depoimento à polícia, o pastor afirmou que os danos ambientais já existiam antes da aquisição do imóvel. Um agente de defesa florestal do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e antigos proprietários do imóvel desmentiram o pastor.

No processo, o MPF oferece à igreja o benefício da suspensão condicional caso a organização recupere a área degradada e restitua à Rebio a área que se encontra dentro dos seus limites, com o devido registro em cartório, como forma de compensar os danos ambientais causados.

Já o pastor não recebeu o mesmo benefício, porque responde a diversos processos na Justiça estadual e já foi condenado em primeira instância.

Acusado de estupros, Pereira está preso desde o dia 8 de maio no presídio do complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio. O religioso também é acusado de comandar os ataques à sede da ONG AfroReggae, no Complexo do Alemão (RJ).

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