Morales diz que conversou com procurador-geral por soltura de corintianos

O presidente da Bolívia, Evo Morales, admitiu nesta segunda-feira que pediu ao procurador-geral de seu país, Ramiro Guerrero, que libertasse os 12 torcedores corintianos que ficaram detidos na cidade de Oruro, acusados de suposta culpa na morte de um jovem. O governante se referiu ao tema em entrevista coletiva em La Paz, na qual jornalistas […]

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O presidente da Bolívia, Evo Morales, admitiu nesta segunda-feira que pediu ao procurador-geral de seu país, Ramiro Guerrero, que libertasse os 12 torcedores corintianos que ficaram detidos na cidade de Oruro, acusados de suposta culpa na morte de um jovem.

O governante se referiu ao tema em entrevista coletiva em La Paz, na qual jornalistas o questionaram sobre os principais problemas da Justiça boliviana.

“Escutei comentários por aí de que a Justiça está submetida ao Poder Executivo. Quero dizer com muita sinceridade, pelo tema Corinthians, que me comuniquei com o Procurador-geral apenas uma vez porque que este tema estava nos gerando conflitos diplomáticos e bilaterais”, admitiu o líder.

O jovem boliviano Kevin Beltrán, de 14 anos, morreu em 20 de fevereiro, durante uma partida em Oruro entre San José e Corinthians pela Taça Libertadores, após ser atingido no rosto por um sinalizador desde um local ocupado pelos torcedores brasileiros.

A polícia boliviana deteve então 12 torcedores do Corinthians, que permaneceram presos entre fevereiro e agosto deste ano em um centro de detenção de São Pedro de Oruro.

No início, dois torcedores foram acusados pela Procuradoria por homicídio e outros dez por cumplicidade, mas finalmente todos foram libertados entre junho e agosto.

Durante este tempo, o Governo e o Parlamento do Brasil pediram com insistência, com visitas à Bolívia, que a Justiça boliviana acelerasse as investigações para esclarecer o caso.

Morales explicou hoje que pediu ao procurador Guerrero “que a justiça fosse feita de verdade” porque, em sua opinião, de todos os detidos, “um poderia ser responsável”, mas não os 12.

O presidente ainda deixou claro que aquela foi a “única vez” que falou com o procurador, por se tratar de “um tema bilateral”.

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