Montillo assume protagonismo e vê Pato sucumbir com papel invertido

O último encontro entre Santos e Corinthians no ano expõe os papéis invertidos dos reforços mais caros da história do futebol brasileiro. Alexandre Pato, 15 milhões de euros (R$ 38 milhões), e Walter Montillo, 10 milhões de euros (R$ 25 milhões), assumiram condições opostas as planejadas e tentam no clássico deste domingo, às 16h (de […]

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O último encontro entre Santos e Corinthians no ano expõe os papéis invertidos dos reforços mais caros da história do futebol brasileiro. Alexandre Pato, 15 milhões de euros (R$ 38 milhões), e Walter Montillo, 10 milhões de euros (R$ 25 milhões), assumiram condições opostas as planejadas e tentam no clássico deste domingo, às 16h (de Brasília), na Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara, justificar seus preços na provável última tentativa de arranque para chegar a próxima Copa Libertadores da América.

Montillo virou o protagonista não planejado. Chegou para substituir Paulo Henrique Ganso e se tornar o parceiro ideal para Neymar, estrela da equipe. Após um primeiro semestre apagado com Muricy Ramalho, se reergueu com a chegada de Claudinei Oliveira para assumir o posto deixado por Neymar, hoje no Barcelona, da Espanha, mas que tinha a permanência assegurada pelo clube até o meio de 2014.

O camisa 10 argentino ainda precisou lidar com algo comum na carreira de Pato: as lesões. Sofreu duas contusões musculares na coxa direita que o tiraram por mais de um mês e, mais recentemente, uma última, na panturrilha direita.

Pato, por sua vez, escapou da desconfiança de “lesões incuráveis”, conseguiu sequência quase inédita na carreira, mas jamais correspondeu o esperado pelo investimento. Após início empolgante, caiu de forma significativa de produção e, mais recentemente, virou o pivô da eliminação corintiana da Copa do Brasil, acusado de displicência no erro da decisiva cobrança que deu a classificação ao Grêmio na última quarta-feira.

O camisa 7 ameniza a sua condição afirmando ser o artilheiro do Corinthians na temporada, com 15 gols, mas não assume papel decisivo como o de Montillo, responsável por sete assistências para gols do Santos no Campeonato Brasileiro.

“Ele (Montillo) continuará evoluindo. Vem de lesões, mas em mais duas ou três partidas já estará na melhor forma, como estava até se machucar contra o Grêmio. Ele vai evoluir em ritmo de jogo. Estou satisfeito tecnicamente e taticamente com ele, por isso o deixo confortável na marcação, para que possa puxar os contra-ataques, mas quando precisa ele também marca os volantes sem problemas. É um jogador acima da média. Com ele, nosso aproveitamento é de G-4, mas infelizmente ficamos sem ele (alguns jogos). Se não fosse esse calendário apertado, talvez nossa situação pudesse ser melhor hoje”, disse o técnico Claudinei Oliveira.

Pato ainda recebeu na véspera da decisão a informação de que começará o clássico na reserva, perdendo a titularidade para Emerson. Montillo volta a sua posição original, deixando de atuar como um “falso 9” devido a entrada de Willian José na equipe e, pelo menos antes do jogo, sai mais uma vez em vantagem do concorrente.

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