Militares do Brasil estão espalhados em embaixadas para ampliar influência

Dos 63 adidos militares – oficiais do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica agregados a embaixada em nação estrangeira, cuja missão é estudar a organização militar dessa nação – do Brasil em 34 países, 33 ficam em nações que gastam por ano menos de US$ 5 bilhões no setor bélico. O levantamento foi feito pelo […]

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Dos 63 adidos militares – oficiais do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica agregados a embaixada em nação estrangeira, cuja missão é estudar a organização militar dessa nação – do Brasil em 34 países, 33 ficam em nações que gastam por ano menos de US$ 5 bilhões no setor bélico. O levantamento foi feito pelo jornal O Estado de S. Paulo com base nos dados do Ministério da Defesa, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, do Portal da Transparência nos Recursos Públicos Federais e da base de dados do Stockholm International Peace Research Institute (Sipri). Os vencimentos desses oficiais (salários e verbas indenizatórias), com o dólar a R$ 2,32, chegaram em agosto a R$ 41 mil médios, muito além do teto salarial do funcionalismo, que é de pouco mais de R$ 28 mil.

“Não é a eventual relevância militar de um país que define a presença ou não de adidos militares brasileiros, mas a importância estratégica que esse país tem para o Brasil, levando-se em conta seu potencial de cooperação na área de defesa”, diz o Ministério da Defesa. “Países sul-americanos estão situados no chamado entorno estratégico brasileiro, região para a qual o Brasil tem incentivado mecanismos de fortalecimento de parcerias estratégicas”, completou. O Tribunal de Contas da União (TCU) pediu em 2009 investigação sobre essas despesas, mas arquivou o caso em junho do ano passado por não ver irregularidades.

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