Memorial mostra laudo dos bombeiros e afirma ter autorização de funcionamento

O presidente do Memorial da América Latina, João Batista de Andrade, afirmou na manhã deste sábado, em São Paulo, que o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros para o auditório Simon Bolivar – que foi incendiado na tarde de ontem – era válido. De acordo com Andrade, o documento foi emitido em janeiro deste […]

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O presidente do Memorial da América Latina, João Batista de Andrade, afirmou na manhã deste sábado, em São Paulo, que o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros para o auditório Simon Bolivar – que foi incendiado na tarde de ontem – era válido. De acordo com Andrade, o documento foi emitido em janeiro deste ano e tem validade até o fim de 2014.

“A vistoria foi feita e aprovada. Vale até 3 de dezembro de 2014 e foi expedida em 21 de janeiro deste ano”, disse ele. Segundo o presidente, o auditório funcionava com uma autorização especial do Departamento de Controle do Uso de Imóveis (Contru).

“Tem uma autorização especial para funcionar enquanto esperamos o alvará, que é complexo, e depende também de todos os outros prédios”, disse ele. O presidente disse também que a Prefeitura informou a ele que o alvará havia sido deferido e que aguardava apenas a sua publicação no Diário Oficial. O pedido de alvará foi feito originalmente em 1993.

“Com as complicações, a coisa ia adiando. Assumi, fiquei preocupado e fui atrás. Fui atrás de uma autorização do Contru, enquanto o trâmite ia correndo”, disse ele. “Houve uma reunião com o gerente técnico. Liguei para a secretaria. Estamos esperando o documento. Disseram para esperar, que seria enviado pela Internet e publicado no Diário Oficial. Não estávamos parados, mas sim querendo resolver a questão”, afirmou.

O presidente disse que é necessário aguardar a conclusão do trabalho do Corpo de Bombeiros e a perícia da polícia técnico-científica para que as providências em relação ao prédio possam ser tomadas.

“Precisamos saber qual é o impacto do incêndio na estrutura do prédio. Se precisar demolir, lamentavelmente terá de ser feito. Se a segurança exigir, vamos demolir”, disse ele.

Incêndio

As chamas no Memorial da América Latina, na zona oeste de São Paulo, começaram por volta das 15h e, por volta das 20h10, o fogo foi controlado. A assessoria de imprensa do Memorial da América Latina informou que o fogo foi causado por um curto-circuito do Auditório Simón Bolívar. Grande parte do forro da plateia B do auditório teria sido comprometida. Segundo os bombeiros, 50% do auditório foi consumido.

Vinte e quatro membros da corporação e um brigadista tiveram que ser encaminhados para o Hospital das Clínicas por inalação de fumaça.

Segundo declaração do major do Corpo de Bombeiros Wagner Lechner neste sábado, cinco pessoas continuavam internadas no Hospital das Clínicas, sendo duas em estado grave, porém, estável.

No final da manhã, o Corpo de Bombeiros já havia finalizado o trabalho de rescaldo. Equipes continuavam no local apenas para ventilar o prédio, eliminando a fumaça que ainda restava na edificação.

Em entrevista na sexta-feira, o major da Polícia Militar Mauro Lopes explicou que os bombeiros ficaram feridos foram vitimados de um fenômeno chamado flashover. “Tivemos o flashover, que, por vezes dá para se prever, mas nesse caso não foi possível. Ele acontece quando você tem um ambiente pegando fogo, pouco oxigênio, calor e carga para se queimar, então a queima é lenta lá dentro. Quando você abre esse ambiente, há a entrada de mais oxigênio, então há o flashover”, disse.

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