Mato Grosso do Sul é destaque em estudo sobre tráfico de pessoas na fronteira
A Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça (SNJ/MJ) lançou, nesta sexta-feira (18), a pesquisa “Diagnóstico sobre Tráfico de Pessoas nas Áreas de Fronteira no Brasil”, que trata da dinâmica, trânsito e migração na faixa de fronteira. Os dados se concentram em contextos socioeconômicos e familiares de brasileiros e estrangeiros que se envolveram no […]
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A Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça (SNJ/MJ) lançou, nesta sexta-feira (18), a pesquisa “Diagnóstico sobre Tráfico de Pessoas nas Áreas de Fronteira no Brasil”, que trata da dinâmica, trânsito e migração na faixa de fronteira. Os dados se concentram em contextos socioeconômicos e familiares de brasileiros e estrangeiros que se envolveram no tráfico de pessoas.
Nesse estudo foi observada uma grande incidência de tráfico de pessoas para fins de trabalho escravo nos seguintes estados: Rio Grande do Sul, Paraná, Pará, Amazonas, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. E para fins de exploração sexual nos estados: Amapá, Pará, Roraima, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Colocando nosso Estado como ponto de foco entre as duas situações de escravização.
O estudo aborda as modalidades de tráfico de pessoas mais incidentes nas regiões, o perfil das pessoas traficadas e o modo de ação dos agentes criminosos. Apesar de não ser o principal tema do Diagnóstico, o relatório traz também informação sobre migração interna no Brasil e migração internacional para o Brasil.
Novas modalidades, que até então não tinham sido mencionadas na literatura sobre o tráfico de pessoas no Brasil, foram identificadas, como a exploração da mendicância e da servidão doméstica de crianças e adolescentes – meninas “adotivas” – e de pessoas usadas como “mulas” para o transporte de substâncias ilícitas, entorpecentes e adolescentes traficados para exploração em clubes de futebol.
Perfil e situações
O perfil da pessoa traficada é de homens e mulheres, travestis e transgêneros, crianças e adolescentes, em condição de vulnerabilidade, seja pelas condições socioeconômicas, seja pela presença de conflitos familiares, seja pela violência sofrida na família de origem.
Homens, mulheres e mulheres transgêneros são recrutados, aliciados e convencidos de uma vida melhor. Quantias são “anotadas” pelo transporte, alimentação, alojamento, e transformadas em dívidas a serem pagas com o sofrimento, a violência, a exploração e o medo de represálias no caso de tentar escapar ou fazer denúncia.
A pesquisa revelou ainda a falta de conhecimento sobre o tráfico de pessoas indígenas que residem em regiões mais remotas e que migram de um estado para outro, de um país para outro.
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