Masp faz exposição com 51 obras-primas dos séculos 19 e 20 para relembrar Paris

A exposição Passagens por Paris, aberta hoje ao público (7) no Museu de Arte de São Paulo (Masp), apresenta 51 das mais importantes obras do fim do século 19 e início do século 20 do seu acervo. Podem ser vistas pinturas de Renoir, Picasso, Van Gogh, Portinari, entre outros. São 16 artistas que têm em […]

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A exposição Passagens por Paris, aberta hoje ao público (7) no Museu de Arte de São Paulo (Masp), apresenta 51 das mais importantes obras do fim do século 19 e início do século 20 do seu acervo. Podem ser vistas pinturas de Renoir, Picasso, Van Gogh, Portinari, entre outros. São 16 artistas que têm em comum o fato de terem residido e produzido na capital francesa.

O objetivo da mostra é formar um panorama da efervescência artística vivida pela cidade. “A visão dessas obras e de cada uma delas dá uma ideia do que foi Paris, capital cultural e artística do século 19”, destaca o curador da mostra, Teixeira Coelho.

O título da exposição remete ao ensaio Paris, Capital do Século 19, do filósofo alemão Walter Benjamin. “É nele que aparece a célebre menção às passagens de Paris, essas galerias comerciais levando de uma rua a outra, cenário da vida moderna do século”, explica Coelho, no texto de apresentação da mostra.

O curador destaca que a própria disposição das obras na exposição acaba remetendo às passagens. “Lembra o espaço de uma passagem parisiense, com salas e vitrines que abrigam destaques da arte feita nessa cidade”, descreve. Segundo ele, “ao contrário das coisas mostradas nas passagens parisienses, não mostram coisas de agora e podem, assim, se afastar da agitação da avenida diante do museu e levar à calma aparente, ou imaginada, de séculos passados”.

A obra mais antiga é o óleo sobre tela O Pintor Le Coeur Caçando na Floresta de Fontainebleau, pintado em 1866 por Pierre-Auguste Renoir. Com dez quadros, o pintor francês, representante do impressionismo, é o artista com maior número obras na mostra.

O espanhol Pablo Picasso pintou em 1948 o pastel Natureza-morta com Melancia e Cacto, obra mais recente na exposição, toda pinçada do acervo do Masp. Conhecido por ser um dos nomes mais proeminentes do movimento do cubismo, o artista está representando ainda por dois óleos sobre tela: Retrato de Suzanne Bloch e Toalete.

A arte de Picasso influenciou decisivamente o trabalho do brasileiro Cândido Portinari após sua passagem por Paris, de 1928 a 1930. Parte desse aprendizado pode ser visto no óleo sobre tela O Lavrador de Café, pintado em 1939.

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