Iraque: 12 mortos neste domingo, quase 950 no mês de novembro
Ao menos 12 pessoas morreram neste domingo vítimas de um atentado suicida contra um velório no norte de Bagdá, no mais recente episódio de violência no Iraque, que matou quase 950 pessoas apenas no mês de novembro. A multiplicação de ataques sangrentos desde o início do ano aumenta o medo de um retorno aos níveis […]
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Ao menos 12 pessoas morreram neste domingo vítimas de um atentado suicida contra um velório no norte de Bagdá, no mais recente episódio de violência no Iraque, que matou quase 950 pessoas apenas no mês de novembro.
A multiplicação de ataques sangrentos desde o início do ano aumenta o medo de um retorno aos níveis de violência vividos no período de 2006-2007, quando um conflito devastador entre xiitas e sunitas deixou dezenas de milhares de mortos.
Face à onda de violência, as autoridades iraquianas – impotentes diante do derramamento de sangue – pediram ajuda aos Estados Unidos.
Apesar de alguns comunicados da ONU e do departamento americano de Estado condenando a violência, a reação da comunidade internacional continua morna.
As autoridades iraquianas se dizem particularmente preocupadas com o crescimento da Al-Qaeda – fortalecida pelo conflito na vizinha Síria – acusando os insurgentes sunitas ligados ao grupo pela maior parte dos atentados.
Em vão, o governo tenta colocar em prática medidas de segurança, como a limitação do tráfego de carros em Bagdá e maior vigilância nos cafés, um dos locais mais visados pelos ataques.
Desde o início de 2013, mais de 6.100 pessoas morreram em ataques, segundo números oficiais.
Neste domingo, um homem-bomba explodiu no cemitério onde ocorria o enterro de Mouzher al-Shallal al-Araki, filho de um chefe tribal membro das milícias da Al-Qaeda, morto em atentado no sábado no norte de Bagdá.
Vinte e oito pessoas ficaram feridas em explosão contra um cortejo fúnebre que ocorria perto de Baqouba. Os homens da família Araki combatem nas milícias anti-Qaeda, as Sahwa, criadas em 2006.
Medidas inadequadas As Sahwa foram recrutadas inicialmente pelo exército americano para combater a Al-Qaeda nas regiões sunitas e garantir a proteção de oleodutos que atravessam as zonas tribais sunitas, especialmente no oeste do país.
Considerados traidores pelo insurgentes sunitas, os milicianos são constante alvo de ataques e atentados.
Baqouba, capital da região que abriga diversas facções religiosas da província de Diyala, é uma das zonas mais instáveis do Iraque.
Segundo dados dos ministérios da Saúde, do Interior e da Defesa divulgados neste domingo, em novembro morreram violentamente 948 pessoas, entre elas 852 civis, 53 policiais e 43 soldados.
Em outubro, morreram 964 pessoas – no mês mais violento do Iraque desde abril de 2008.
Em comunicado emitido neste domingo, o representante do secretário-geral da ONU para o Iraque, Nickolay Mladenov, pediu que as autoridades iraquianas “tomem medidas de urgência para encontrar e punir os responsáveis por estes crimes e para garantir a segurança de todos”.
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