Irã desiste de executar condenado que sobreviveu à forca
O Irã decidiu que não voltará a executar um condenado à morte que foi enforcado e sobreviveu, anunciaram os meios de comunicação, citando o ministro da Justiça. “O condenado que sobreviveu (à pena de morte) não será executado novamente”, declarou na noite de terça-feira (22) o ministro, Mostafa Pour-Mohammadi, citado pela agência oficial Irna. A […]
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O Irã decidiu que não voltará a executar um condenado à morte que foi enforcado e sobreviveu, anunciaram os meios de comunicação, citando o ministro da Justiça.
“O condenado que sobreviveu (à pena de morte) não será executado novamente”, declarou na noite de terça-feira (22) o ministro, Mostafa Pour-Mohammadi, citado pela agência oficial Irna.
A legalidade de submeter este condenado novamente à forca foi colocada em discussão por juristas, religiosos e por organizações internacionais de Direitos Humanos.
O ministro deu a entender que uma nova execução prejudicaria a reputação do Irã. “Se sobrevive, não seria oportuno enforcá-lo de novo”, explicou.
Alireza M., um homem de 37 anos condenado por tráfico de drogas, foi enforcado em meados de outubro. Passou 12 minutos pendurado, antes de ser declarado morto pelo médico da prisão de Bojnurd (nordeste).
Seu corpo foi transportado ao necrotério, mas, segundo a imprensa, um funcionário notou no dia seguinte que o homem ainda respirava. Foi transferido então ao hospital, onde está em coma desde então, com poucas chances de sobreviver.
Muitos juristas e religiosos iranianos consideraram que uma nova execução seria contrária à lei. Pelo código penal do país, o condenado deve estar consciente e saudável para ser executado.
A Anistia Internacional fez uma campanha contra a execução de Alireza. Segundo o grupo de direitos humanos, o Irã é o segundo país do mundo que mais condena pessoas à morte, somente atrás da China.
“Essa horrível perspectiva desse homem que vai ser enforcado pela segunda vez depois de tudo o que passou apenas mostra a crueldade da pena de morte”, afirmou Philip Luther, diretor da Anistia Internacional no Oriente Médio.
Nas contas da Anistia, ao menos 508 pessoas foram executadas no Irã neste ano, a maioria condenada por tráfico de drogas. Destas, 125 morreram já durante o governo de Hasan Rowhani, que assumiu em agosto.
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