Integrantes da Gaviões da Fiel chegam a Corumbá; oito ficaram detidos na Bolívia

Integrantes da torcida “Gaviões da Fiel”, do Corinthians, que se deslocaram até Oruro para assistir a estreia do Timão na Libertadores da América, contra a equipe boliviana do San José, chegaram nesta sexta-feira, 22 de fevereiro, ao Brasil. O grupo saiu da Bolívia após a partida, na noite da quarta-feira, dia 20, e cruzou no […]

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Integrantes da torcida “Gaviões da Fiel”, do Corinthians, que se deslocaram até Oruro para assistir a estreia do Timão na Libertadores da América, contra a equipe boliviana do San José, chegaram nesta sexta-feira, 22 de fevereiro, ao Brasil. O grupo saiu da Bolívia após a partida, na noite da quarta-feira, dia 20, e cruzou no final desta manhã a fronteira, chegando a Corumbá.

Os corintianos, que atravessaram a pé a fronteira de Arroyo Concepción (no município de Puerto Quijarro), com Corumbá, foram hostilizados por um pequeno grupo de bolivianos que circulava na área fronteiriça daquele país. Alguns chegaram a se aproximar e xingaram os torcedores brasileiros.

Cinquenta integrantes da Gaviões da Fiel viajaram de ônibus de São Paulo até a Bolívia para acompanhar a estreia do clube na competição. Em Corumbá, o grupo trocou de ônibus e pegou um veículo boliviano para se dirigir até Oruro. Voltaram 42 torcedores, outros 8 ficaram detidos na Bolívia por conta da morte do torcedor boliviano Kevin Douglas Beltrán Estrada, de 14 anos, vítima de um sinalizador disparado durante o jogo. Segundo as autoridades policiais daquele país o disparo veio justamente da torcida do Corinthians.

“No fim do jogo seguraram a gente pra torcida [do outro time sair] e depois nos colocaram para fora do estádio, para a gente se virar e esperar o ônibus lá fora”, disse a este Diário o presidente da Gaviões da Fiel, Antônio Alan, já no lado brasileiro da fronteira. “Vários carros seguiram a gente, quebraram vidros do nosso ônibus”, contou.

De acordo com o presidente da organizada, o caminho até chegar à fronteira brasileira foi difícil. “As pessoas passaram a nos tratar mal, quando parávamos para nos alimentar nos hostilizavam, não davam atenção e tratavam mal mesmo”, disse. “É um alívio sair de lá e estar no Brasil’, afirmou após se certificar que estava de fato em Corumbá.

Antônio Alan disse que de forma alguma a torcida cometeria o desatino de provocar uma tragédia. “Não temos nada com a situação, temos crianças no ônibus que vieram com a gente para assistir a partida e não faríamos nada assim”, disse o presidente da torcida.

Os torcedores seguem ainda nesta sexta-feira para São Paulo. Antes vão tentar contato com os oito que ficaram detidos na Bolívia para saber a situação deles. Segundo o presidente da Gaviões, Embaixada e Consulado do Brasil acompanham o caso.

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