Índios reagem a manifestação de fazendeiros e fazem segurança de prédio da Funai
Cerca de 150 índios da etnia terena estão no prédio da Funai (Fundação Nacional do índio), na avenida Maracaju, centro de Campo Grande, em reação a manifestação dos fazendeiros ocorrida na manhã desta terça-feira (19). De acordo com o cacique, Antonio Terena, a Polícia Federal não foi atender a solicitação de defesa do prédio, que […]
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Cerca de 150 índios da etnia terena estão no prédio da Funai (Fundação Nacional do índio), na avenida Maracaju, centro de Campo Grande, em reação a manifestação dos fazendeiros ocorrida na manhã desta terça-feira (19). De acordo com o cacique, Antonio Terena, a Polícia Federal não foi atender a solicitação de defesa do prédio, que foi depredado e teve funcionários destratados pelos proprietários rurais.
O protesto dos fazendeiros ocorreu devido as ocupações indígenas em propriedades rurais do estado. “Ficamos preocupados, afinal aqui é como se fosse nossa casa. Nós nunca fomos ocupar os prédios da Acrissul ou Famasul”, afirmou o cacique se referindo as entidades de representação dos fazendeiros no Estado.
O cacique afirma que mais seis ônibus estão chegando na Capital para fazer a segurança do prédio. Conforme ele, existe muitos documentos no local que podem ser extraviados caso haja outra reação dos fazendeiros.
Os índios lembram que não basta estarem sendo ameaçados constantemente no campo e agora tem que se deslocar para fazer a defesa do prédio. “Durante a ocupação da Sesai (Secretárias Especial de Saúde Indígena) a Polícia Federal teve por duas vezes no local para nos tirar e agora não aparecem aqui que também é um prédio público”, afirma Antonio. A ocupação na Sai se iniciou no dia 18 de setembro e duraram 30 dias.
Conforme Antonio, a vinda dos terenas é também para reafirmar o conflito e pedir a volta da Força Nacional para da terra Pi Buriti, no município de Sidrolândia. “Queremos que eles voltem novamente para fazer a nossa segurança. Eles saíram a cerca de 30 dias e estamos sendo ameaçados”, afirma. Segundo ele, um documento já foi encaminhado ao ministro da Justiça com a solicitação.
Entre as ações realizadas pelos fazendeiros para combater as ocupações indígenas, o cacique cita a realização de um leilão onde R$ 600 mil foram arrecadados para contratação de segurança particular, para as fazendas ocupadas. “Isto é um grande preocupação e ainda tem outro marcado para o dia 7 de dezembro”, afirma.
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