Haddad é alvo de vaias e latinhas em evento pelo Dia da Consciência Negra

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, foi vaiado na quarta-feira, em um discurso em uma festa de comemoração pelo Dia da Consciência Negra, no vale do Anhangabaú, no centro da cidade. A população também jogou latinhas de cerveja no prefeito, que não foi atingido. “Não deixo de falar quando a população está vaiando porque, […]

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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, foi vaiado na quarta-feira, em um discurso em uma festa de comemoração pelo Dia da Consciência Negra, no vale do Anhangabaú, no centro da cidade. A população também jogou latinhas de cerveja no prefeito, que não foi atingido. “Não deixo de falar quando a população está vaiando porque, se você deixar de falar quando vaiam, você vai ficar envaidecido quando te aplaudirem”, disse ele.

Haddad afirmou que também ouviu esse tipo de reclamações quando era ministro da Educação. “Quando criei o Prouni (Programa Universidade para Todos), também ouvia esse tipo de reclamação. (…) Quando nós levamos as cotas para o Congresso Nacional, nós também ouvimos, mas nós não recuamos. Tínhamos 4% de pretos e pardos na universidade, passamos para 20%, graças ao governo Lula e ao governo Dilma”, disse ele.

O secretário municipal da Igualdade Racial, Netinho de Paula, também havia sofrido vaias ao discursar antes de Haddad. Durante o pronunciamento do prefeito, Netinho tentava pedir para que as pessoas parassem de vaiar.

Um dos moradores que vaiaram Haddad, o comerciante Norberto Dias, 55 anos, reclamou sobre a remoção de um grupo de sem-teto, no último sábado, de um terreno sob a ponte Orestes Quércia, na marginal Tietê. “O povo da Estaiadinha está na rua, com criança no colo, e o prefeito não faz nada. Ele não sabe o que é consciência negra”, afirmou.

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