Hackers divulgam dados de PM que teria escrito ‘foi mal, fessor’ na web
Um grupo de hackers divulgou nesta quinta-feira (9) os dados pessoais do policial militar que ficou conhecido após aparecer em uma foto fardado no Facebook, com um cassetete quebrado e com a legenda “Foi mal, fessor”, numa referência à atuação durante o protesto de professores na votação do Plano de Cargos Plano de Cargos, Carreiras […]
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Um grupo de hackers divulgou nesta quinta-feira (9) os dados pessoais do policial militar que ficou conhecido após aparecer em uma foto fardado no Facebook, com um cassetete quebrado e com a legenda “Foi mal, fessor”, numa referência à atuação durante o protesto de professores na votação do Plano de Cargos Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR). A foto foi postada no perfil “Tiago Tiroteio” em 3 de outubro e causou repúdio na web. Em depoimento à Corregedoria da Polícia Militar, o policial, soldado do Batalhão de Choque, negou que tenha sido o autor do post.
Na página do grupo “Anonymous Brasil” foram divulgados o CPF, telefones, endereços, idade, nome completo e a faixa de renda do policial militar. No dossiê foi divulgado também um cheque sem fundo, que teria sido repassado pelo PM.
Os hackers assumem que os dados foram vazados em represália à postagem da polêmica foto do cassetete quebrado no Facebook. “Para toda ação, existe uma reação igual ou contrária, portanto “Foi mal coxinha”, seus dados foram expostos”, diz o texto publicado na página do Anonymous.
A Polícia Militar não informou se vai adotar algum procedimento contra os hackers.
Em setembro, um grupo de hackers invadiu o site da Polícia Militar do Rio de Janeiro e teve acesso a dados pessoais de milhares de agentes em sua página no Facebook.
Polêmica no Facebook
A Polícia Militar abriu investigação após a divulgação da foto no Facebook. O advogado Genison Souza, contratato pela família do policial, informou ao G1 que o policial estava de serviço no dia da postagem e sem acesso aos compudadores.
“Existem evidências de que naqueles horários ele estava fora do acesso aos computadores. Estava aquartelado”, disse. O advogado acompanhou o depoimento na tarde de sexta-feira (4), no Batalhão de Choque. Um parente do PM informou que a foto postada é antiga.
Procurado pelo G1, o tenente-coronel Claudio Costa, relações-públicas da Polícia Militar, afirmou ter conhecimento da foto, disse que a página já foi retirada do ar e que a corporação está apurando o caso. De acordo com a PM, a investigação está sendo acompanhada pela 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM).
O caso ganhou repercussão internacional. O jornal “The New York Times”, um dos mais tradicionais dos Estados Unidos, publicou um artigo em seu site com o título: “Policial do Brasil faz piada no Facebook sobre quebrar cassetete em manifestante”.
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