Grupo espalha faixas em apoio a médico afastado após reclamação no Facebook

Um grupo de cerca de 40 pessoas espalhou mais de dez faixas em diversas regiões de Campo Grande, em apoio ao médico Renato Figueiredo, que foi afastado do cargo após um suposto problema de atendimento no UPA Vila Almeida, no começo deste mês. De acordo com uma integrante do grupo, que preferiu não se identificar, […]

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Um grupo de cerca de 40 pessoas espalhou mais de dez faixas em diversas regiões de Campo Grande, em apoio ao médico Renato Figueiredo, que foi afastado do cargo após um suposto problema de atendimento no UPA Vila Almeida, no começo deste mês. De acordo com uma integrante do grupo, que preferiu não se identificar, a mobilização em apoio ao médico começou na terça-feira (15), quando eles ficaram sabendo do afastamento e as faixas foram confeccionadas nesta sexta-feira (25).

Conforme a mulher, o grupo entende que o afastamento do médico é um ato de retaliação, pois ele havia divulgado detalhes da rotina profissional e problemas encontrados durante o exercício profissional no seu perfil no Facebook. “O afastamento do Doutor Renato é perseguição política, pois ele já fez reclamações sobre a gestão, falta de respeito e falta de materiais na Unidade de Saúde por meio de redes sociais”, comenta.

Por temer represálias, o grupo diz que prefere não se identificar, mas conforme a integrante, é composto por guardas municipais, médicos, agentes comunitários de saúde, administrativos entre outros profissionais que não concordam com o afastamento do médico. “Ninguém é a favor do que está acontecendo. O Doutor Renato cumprimentava um por um quando chega ao trabalho. Preferimos não nos identificar, pois se ele que é médico foi afastado, imagine nós?”, indaga.

As faixas foram colocadas na região do bairro Coronel Antonino, Nova Bahia, Tamandaré, Julio de Castilhos, no Centro e também na frente da Sesau, mas segundo a manifestante, já foi retirada.

Reclamação – No dia 9 deste mês, após acompanhar o seu irmão, que é paciente psiquiátrico, em um atendimento no UPA Vila Almeida, a enfermeira Camila Graziela disse ter presenciado o médico ser negligente no exercício profissional. Conforme o relato divulgado por ela na comunidade virtual ‘Aonde não ir em Campo Grande’, o médico Renato Figueiredo perguntou ao seu acompanhante se ele gostaria de ‘morrer’ e saiu da sala. No dia 14, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) determinou o afastamento do profissional e foi instalada uma sindicância para apurar o caso.

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