Governo central tem pior primário de abril desde 2004, de R$7,2 bi

O governo central –formado pelo governo federal, Banco Central e Previdência Social– registrou superávit primário de 7,210 bilhões de reais no mês passado, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira, o pior resultado para abril desde 2004.

Nos quatro primeiros meses do ano, a economia feita para o pagamento de juros acumula saldo positivo de 26,885 bilhões de reais, com queda de 40,3 por cento em relação ao resultado obtido em igual período de 2012.

A queda no resultado primário no ano vem da combinação do aumento das despesas com o fraco resultado da arrecadação federal. Em abril, a arrecadação avançou apenas 0,07 por cento, acumulando no ano queda real de 0,34 por cento.

De acordo com os dados do Tesouro, a despesa total do governo central atingiu 81,684 bilhões de reais em abril. No acumulado do ano, ficou em 286,305 bilhões de reais, 13,4 por cento maior em relação ao gasto nos quatro primeiros meses de 2012.

A receita, por sua vez, ficou em 88,894 bilhões de reais em abril, acumulando ano 313,191 bilhões de reais, com alta de 5,3 por cento, bem inferior à variação da despesa.

Em novo esforço para aquecer a debilitada economia brasileira, o governo reforçou o viés expansionista da política fiscal para este ano ao anunciar, em meados deste mês, corte de gasto de 28 bilhões de reais no Orçamento de 2013, cifra bem menor que os 55 bilhões de reais contingenciados em 2012.

Na mesma ocasião e também para garantir a aceleração da atividade, o governo informou que prevê abater 45 bilhões de reais na meta de superávit primário neste ano, fixada em 155,9 bilhões de reais para o setor público consolidado –formado pelo governo central, Estados, municípios e estatais.

No primeiro trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,6 por cento, abaixo das expectativas.