Goleiro Bruno ingere remédios não receitados e desmaia na cadeia

Condenado pela morte de sua ex-amante Eliza Samúdio e pelo sequestro de seu filho Bruninho, o ex-goleiro Bruno Fernandes, condenado a 22 anos e 3 meses de prisão, desmaiou e levou um tombo dentro de sua cela, na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. No acidente, ele machucou a cabeça […]

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Condenado pela morte de sua ex-amante Eliza Samúdio e pelo sequestro de seu filho Bruninho, o ex-goleiro Bruno Fernandes, condenado a 22 anos e 3 meses de prisão, desmaiou e levou um tombo dentro de sua cela, na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. No acidente, ele machucou a cabeça e precisou ser atendido por profissionais de saúde da unidade prisional. A hipótese de tentativa de suicídio não está descartada, já que no último domingo ele ingeriu remédios não receitados e passou mal.

De acordo com nota oficial da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), por volta das 21h do último domingo Bruno sentiu um mal estar e foi atendido na enfermaria da penitenciária, onde foi constatado que ele tomou os remédios Clonazepam e Diazepam. Apesar do ocorrido, a Suapi não confirma a hipótese de tentativa suicídio e afirma que um procedimento foi instaurado para apurar como os medicamentos chegaram até o detento.

O advogado de Bruno, Lúcio Adolfo, garantiu que qualquer possibilidade de o goleiro tentar se matar está descartada. Ele explicou ainda que o goleiro está tranquilo e quer cumprir corretamente sua pena.

Banho de sol

Após problemas com outros detentos da unidade prisional, o goleiro Bruno perdeu o direito ao banho de sol. Quase um mês após ele volta a poder sair, porém, ainda não está liberado para trabalhar. As visitas, que também estavam proibidas, foram liberadas.

O caso Bruno

Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães.

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão.

Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado.

No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo. O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. No dia 8 de março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, dos quais 17 anos e seis meses terão de ser cumpridos em regime fechado. Dayanne Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi absolvida. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, teve o júri marcado para abril de 2013.

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