Fazendeiros pedem à imprensa para sair de reunião onde discutem retomada de áreas

A Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) convocou para esta quinta-feira, a partir das 17 horas, um grande encontro envolvendo todas as entidades ruralistas de Mato Grosso do Sul, entre Famasul, sindicatos rurais, Recovê, MNP, entre outras, para tratar das estratégias que serão adotadas após o dia 30 de novembro. O prazo […]

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A Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) convocou para esta quinta-feira, a partir das 17 horas, um grande encontro envolvendo todas as entidades ruralistas de Mato Grosso do Sul, entre Famasul, sindicatos rurais, Recovê, MNP, entre outras, para tratar das estratégias que serão adotadas após o dia 30 de novembro.

O prazo foi dado pelo ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho e consentido entre ruralistas, lideranças indígenas e Poder Público, para que seja solucionado definitivamente o problema dos conflitos agrários gerados no campo a partir das ocupações de terras por etnias indígenas em Mato Grosso do Sul. Já são mais de 70 propriedades ocupadas.

Assim que os produtores rurais começaram a debater sobre o que irão fazer após o prazo dado, uma produtora da região de Antônio João, sugeriu que a imprensa se retirasse do auditório por acreditar que as futuras ações não deveriam ser discutidas na frente dos repórteres que estavam no local. Com a “sugestão”, a imprensa se retirou do local.

De acordo com um dos proprietários rurais, Ricardo Bacha, a atual posição do governo federal não é novidade. Segundo ele, os produtores rurais deverão tomar alguma atitude. “Temos que descer para as regiões invadidas, eu vou descer para a minha propriedade”, afirmou Bacha.

Já a produtora rural Monica Alves Correa Carvalho da Silva de Aquidauana, revela que as terras da sua fazenda são propriedade da família há 140 anos, registrada, regulamentada e nunca houve nenhum tipo de confronto com os indígenas. De acordo com ela, desde o dia 31 de março deste ano os índios da etnia terena da aldeia de Taunay estão ocupando a sua propriedade.

“O governo federal está fazendo com que toda essa situação se torne um monstro e não estão conseguindo segurar. Na minha fazenda estão de 200 a 300 índios, e estamos tendo prejuízos desde que a ocupação começou. Perdemos 150 cabeças de gado e acabamos vendendo o que sobrou já que tivemos que sair da nossa propriedade”, revela Monica.

Monica ainda disse que a Funai já vinha cuidando da expansão aldeia realizando estudos antropológicos em suas terras. No entanto, segundo ela, todo estudo que a Funai começa em alguma terra, eles já determinam como terra indígena.

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