‘Faltou proteção’, diz mulher de vítima que morreu durante desfile em Santos

Leandro Monteiro da Silva, um dos quatro mortos durante os desfiles de carnaval em Santos na madrugada desta terça-feira (12), completaria 27 anos na quarta-feira. A mulher dele, Jaqueline Elias Cardoso, afirmou na manhã desta terça que estava revoltada com a falta de proteção a que os ajudantes no carnaval são submetidos. “Tinha que ter […]

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Leandro Monteiro da Silva, um dos quatro mortos durante os desfiles de carnaval em Santos na madrugada desta terça-feira (12), completaria 27 anos na quarta-feira. A mulher dele, Jaqueline Elias Cardoso, afirmou na manhã desta terça que estava revoltada com a falta de proteção a que os ajudantes no carnaval são submetidos.

“Tinha que ter luva, tinha que ter tudo que protegesse o corpo de acidentes. Não foi pensado antes”, afirmou Jaqueline, que reclamou da presença da fiação no local do acidente. Ela vivia havia 12 anos com Leandro, com quem tem cinco filhos. “Agora vou ter que criar sozinha”, disse a dona de casa de 27 anos.

A morte do marido doía ainda mais porque Jaqueline havia pedido que o marido não fosse ao desfile, já que considera perigosa a atividade de empurrar carros alegóricos. Ele fazia isso todos os anos porque considerava o pagamento de R$ 40 uma ajuda para a renda da família.

A mulher de Leandro também se dizia indignada com a escola de samba Sangue Jovem que, segundo ela, afirmou que cuidaria do velório e do enterro, mas não teria ajudado efetivamente até o final da manhã. “Estou há horas tentando telefonar para dois celulares de pessoas da escola e só dá caixa postal”, afirmou.

O corpo havia sido liberado por volta das 10h, segundo familiares, mas eles ainda estavam no IML às 12h à espera da ajuda da escola de samba. O grupo apenas deixou o local com a informação de que a prefeitura arcaria com os custos. A intenção da família é enterrar o corpo no Cemitério Memorial de São Vicente, no Parque Bitaru.

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