Evra xinga críticos de “vagabundos” e abre crise na seleção francesa
Patrice Evra, que liderou a seleção francesa na trágica eliminação precoce na Copa do Mundo 2010 após uma greve de jogadores, deu início a uma nova crise no time ao criticar ex-colegas que viraram comentaristas. “Minha imagem pública é boa. Não são esses vagabundos que vão macular minha imagem”, disse o zagueiro em entrevista no […]
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Patrice Evra, que liderou a seleção francesa na trágica eliminação precoce na Copa do Mundo 2010 após uma greve de jogadores, deu início a uma nova crise no time ao criticar ex-colegas que viraram comentaristas.
“Minha imagem pública é boa. Não são esses vagabundos que vão macular minha imagem”, disse o zagueiro em entrevista no domingo ao canal TF1. “Não sou arrogante. Essa é a verdade. Essa gente nunca terá minhas honras, eles nunca ganharam nada.”
As declarações foram feitas após duas boas atuações de Evra pelas eliminatórias da Copa de 2014, e na véspera do sorteio dos jogos da repescagem final. Na verdade, alguns dos ex-atletas criticados, como Bixente Lizarazu e Luis Fernandez, foram campeões mundiais em 1998.
A TF1 não levou ao ar alguns trechos da entrevista que poderiam ser considerados difamatórios. Mesmo assim, Evra foi convocado pelo técnico Didier Deschamps e pela Federação Francesa de Futebol (FFF) para dar explicações sobre as críticas a ex-colegas.
Num sinal da repercussão negativa, o jornal esportivo L’Equipe publicou nesta segunda-feira uma manchete que pergunta “quem é o adversário dos ‘bleus’?”, sobre as bandeira de Portugal, Croácia, Grécia e Ucrânia –possíveis rivais na repescagem– e uma foto de Evra. A França foi sorteada mais tarde para enfrentar a Ucrânia na repescagem.
Deschamps insinuou no domingo que será leniente com Evra, mas a Federação Francesa pode ficar tentada a ser mais rigorosa, como foi em 2012, quando suspendeu Samir Nasri por três partidas da seleção por ter insultado um jornalista.
Após uma campanha tumultuada, em que não conseguiu assegurar a liderança do grupo e a vaga antecipada para a Copa, a França parece ter entrado nos eixos na reta final, vencendo suas últimas duas partidas e marcando 13 gols em três jogos.
Mas Evra pode piorar o ambiente a menos de um mês das rodadas decisivas, em 15 e 19 de novembro.
“Eu estava me perguntando por que os líderes de hoje são os mesmos de 2010 na África do Sul”, disse Lizarazu ao L’Equipe. “Depois do que aconteceu na Copa do Mundo (eliminação na primeira fase), havia razões para se preocupar. Bom, a entrevista de Patrice Evra confirma minha opinião.”
Em 2010, Evra, do Manchester United, ficou cinco jogos suspenso da seleção por seu envolvimento na campanha na Copa, durante a qual os jogadores fizeram uma espécie de greve para apoiar Nicolas Anelka, que havia sido cortado depois de xingar o então treinador Raymond Domenech.
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