Especialistas discutem uso indiscriminado de medicamentos para falta de atenção
O aumento do uso de metilfenidato no tratamento de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade) em crianças e adolescentes tem preocupado especialistas. Segundo dados do IDUM (Instituto de Defesa de Usuários de Medicamentos), a venda do remédio saltou de 71 mil caixas no ano de 2000 para dois milhões em 2010. Para o […]
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O aumento do uso de metilfenidato no tratamento de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade) em crianças e adolescentes tem preocupado especialistas. Segundo dados do IDUM (Instituto de Defesa de Usuários de Medicamentos), a venda do remédio saltou de 71 mil caixas no ano de 2000 para dois milhões em 2010.
Para o presidente do Conselho Regional de Psicologia do Mato Grosso do Sul, Carlos Affonso Marcondes Medeiros, em muitos casos uma orientação psicológica é o suficiente para tratar a doença. E para debater o assunto, o conselho, por meio de sua Comissão de Psicologia Escolar e Educacional, promove o evento “Medicalização na escola e a formação profissional do psicólogo”, nesta quarta-feira (27), no auditório da OAB/MS, em Campo Grande.
A proposta do evento é fomentar discussões sobre o tema e contribuir com o Fórum Nacional sobre Medicalização. A agenda faz parte do calendário de eventos preparatórios para o VIII Congresso Regional e Nacional da Psicologia e conta com a parceria da Associação Brasileira de Ensino em Psicologia em Mato Grosso do Sul – ABEP/MS.
Para a Conselheira do CRP14, a psicóloga Norma Celiane Cosmo, discutir a prática da medicalização é de grande relevância não só para a área da psicologia e da educação, mas também para toda a sociedade. “A indústria farmacêutica é a segunda em faturamento no mundo, perdendo apenas para a indústria bélica. Essas drogas lícitas têm ajudado em determinados casos a nos dar um conforto necessário à vida, mas por outro, quando utilizadas para fins comportamentais, têm gerado uma série de efeitos colaterais como insônia, desânimo e até a crença de que os problemas da vida, das relações que estabelecemos com as pessoas, e que nos incomodam, são inerentes a nós, e estariam sendo resolvidos pelas pílulas que tomamos”, alertou.
O ponto principal da discussão está no fato de que a dificuldade do aluno, na leitura e escrita, por exemplo, não mais questionam a escola, o método, as condições de aprendizagem e de escolarização. Mas sim, busca na criança, em áreas de seu cérebro, em seu comportamento manifesto as causas das dificuldades, culminando em uma medicalização arbitrária e imediata. A aprendizagem, como um fenômeno social requer um olhar mais amplo e responsável.
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