Escoltado, ‘Maníaco da Cruz’ chega a Campo Grande e deve ficar em cela isolada do 7° DP
Sem local apropriado para manter o rapaz, que já cumpriu a pena na Unei de Ponta Porã, autoridades do Estado não sabem ainda onde abrigá-lo.
Arquivo –
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Sem local apropriado para manter o rapaz, que já cumpriu a pena na Unei de Ponta Porã, autoridades do Estado não sabem ainda onde abrigá-lo.
O ‘Maníaco da Cruz’ chegou a Campo Grande por volta das 11h55 desta quarta-feira (1°) escoltado pelo delegado Alexandre Evangelista, do 2° DP de Ponta Porã. Ele deve ficar temporariamente em uma cela isolada do 7° DP da capital, que fica na avenida Júlio de Castilho.
O delegado Natanael Balduino, titular da unidade, explica que o jovem deve ficar escoltado enquanto estiver na unidade. “Não há risco para a população, há um forte aparato policial para garantir isso”, afirmou.
Ele teria sido transferido para Campo Grande porque está marcado para amanhã um exame clínico psicológico para avaliar o rapaz. Um camburão da Polícia Civil trouxe Dhionathan Celestrino, de 21 anos, na manhã de hoje para a capital, escoltado por outro veículo.
Ontem à noite, um disparo registrado em boletim de ocorrência como acidental teria sido feito na cela do jovem.
O delegado de Ponta Porã, Alexandre Evangelista, disse que as circunstâncias da situação são apuradas. “Cada um deles [o policial e Dhionathan] deu uma versão diferente ao fato, mas elas serão analisadas e mais informações serão repassadas posteriormente”, esclareceu.
De acordo com o boletim, Dhionathan teria dito que o policial atirou em direção a ele. O policial afirma, entretanto, que teria segurado a arma para por precaução e que ela disparou acidentalmente.
Em 2008, Dionathan Celestrino havia confessado todos os crimes dizendo que as três vítimas mereciam morrer por considerá-las “impuras”. O adolescente, na época, afirmou que o pedreiro Catalino Cardena, 33 anos, era homossexual e alcoólatra e por isso merecia morrer.
A segunda vítima, Letícia das Neves, 22 anos, era bissexual e usuária de drogas (o último negado pela mãe, Vilma Terezinha) e também era considerada “impura” pelo jovem. E por fim, Gleice Kelly da Silva, 13 anos, sua terceira vítima, que segundo Dionathan era “impura”, pois já havia perdido a virgindade e namorava com vários garotos da cidade.
O jovem foi encontrado pela polícia paraguaia e permaneceu detido em Ponta Porã até a manhã de hoje. Ontem ele relatou ao Amambay Notícias que teria sido pago para matar as três pessoas e que seria apenas um pistoleiro. Ele disse que gostaria de refazer a vida no Paraguai.
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