Empresário tem presente extraviado nos Correios e diz que servidor teria admitido ‘ladrões’ no órgão
‘Até no Senado tem ladrão, por que aqui não pode ter?’, é o que teria dito o supervisor de uma agência dos Correios da região central de Campo Grande ao cliente, de 59 anos de idade.
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‘Até no Senado tem ladrão, por que aqui não pode ter?’, é o que teria dito o supervisor de uma agência dos Correios da região central de Campo Grande ao cliente, de 59 anos de idade.
“Até no Senado tem ladrão, por que aqui não pode ter?”, é o que teria dito o supervisor de uma agência dos Correios da região central de Campo Grande a um cliente para explicar o extravio de um par de tênis ocorrido nesta semana. O caso indignou o empresário Diones José Soares de 59 anos, vítima da hostilização.
Diones conta que seu filho, morador da cidade de Auckland, na Nova Zelândia, enviou dois pares de tênis para a sobrinha de dois anos. Porém, ao receber o presente, só havia um par na caixa.
“A caixa não estava lacrada, e o plástico em volta do tênis estava mal colado com uma fita. Até então, pelo fato de a caixa estar aberta, tudo bem, pensei que fosse alguma fiscalização da Receita”, conta Adairce Ângela Silva Sores, 57, esposa de Diones.
O mais intrigante, de acordo com o casal, foi o fato de não ter sido necessário assinar nenhum documento para retirar o tênis. Desconfiado, já que o filho disse por telefone que enviaria dois pares, Diones voltou à agência e pediu para que pesassem a caixa.
No documento colado a caixa consta que o peso era de 520 gramas para os “pairs of baby shoes”, que traduzido é o mesmo que pares de calçados infantis. “Ele levou o tênis lá dentro, voltou e disse que realmente o peso da caixa não condizia com o peso de quando despachado”, relata.
Na agência, Diones foi informado de que deveria fazer o procedimento de rastreamento. E no caso de qualquer outro tipo de reclamação, deveria entrar em contato com o 0800 da empresa. Na central de atendimento, informam que é necessário ter um código com duas letras e nove números para o rastreamento, código esse que não consta na caixa.
“Minha filha vai ligar para o meu filho hoje e ver se ele tem esses números”, diz Diones. “Não é pelo valor, se eu quiser eu vou lá e compro outro para ela. É pelo desaforo, eu tenho um estacionamento, tem gente que esquece carteira, relógio, celular, eu nunca mexi em nada, nunca tive nenhuma reclamação, graças a Deus. Agora, se é porque roubam não sei onde, eu vou ter que roubar também?”, argumenta.
A reportagem entrou em contato com a agência, e conversou com o supervisor que nega ter dito que “ali também poderia ter ladrão”. “Não teve nada disso, aqui é feito tudo certo”, disse.
Nota dos Correios
“Quanto ao objeto do cliente citado pela matéria, os Correios esclarecem:
Nosso centro de encomendas, em Campo Grande, identificou o referido objeto já em estado “recondicionado” ao chegar na unidade, ou seja, o objeto estava reembalado.
O procedimento de recondicionamento é realizado sempre que identificado algum dano em um objeto em trânsito na empresa. Lembramos que o objeto pode ter sofrido a avaria em qualquer momento do percurso da Nova Zelândia a Campo Grande. A situação só poderá ser averiguada com o registro no Fale Conosco.
Por isso, o cliente foi orientado a registrar a reclamação no site ou pelo telefone da Central de Atendimento dos Correios, a fim de que a empresa faça as apurações necessárias.
Os Correios têm total interesse em apurar o caso e se colocam a inteira disposição do cliente.
Lembramos que a ECT está entre as empresas mais confiáveis do Brasil, e os carteiros, entre os profissionais mais bem vistos pela população.”
Reclamações aos Correios podem ser feitas pelo site (www.correios.com.br) ou pelo 0800-725-0100.
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