Empresário briga para emplacar salgadinho de mandioca e só consegue apoio fora de MS
Produto sul-mato-grossense quer dividir espaço nas pratelerias com a batata frita, mas precisa ser industrializado no interior de São Paulo.
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Produto sul-mato-grossense quer dividir espaço nas pratelerias com a batata frita, mas precisa ser industrializado no interior de São Paulo.
Apesar da referência na língua inglesa e das semelhanças com as batatas importadas, a mandioca chips é um produto sul-mato-grossense. Mesmo produzida com ingrediente típico de região e gosto agradável ao paladar, emplacá-lo ainda é um desafio para o empresário Marcelo Rodrigues Saad. Na tentativa de popularizar a mercadoria, ele teve que procurar parceiros dentro e fora de Mato Grosso do Sul.
Marcelo passou a produzir a mandioca chips em 2008, como mercadoria de uma das empresas da Incubadora Municipal Norman Edward Hanson. Apesar de incomum, a receita não foi invenção do empresário, mas desenvolvida pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária), sendo de domínio público. “A receita original resulta em um produto duro e viemos aperfeiçoando para até chegar ao atual resultado”, explicou.
Devido as dificuldades em desenvolver o produto, no final de 2011, Marcelo deixou a incubadora e firmou parceria com uma cooperativa de agricultura familiar e uma agroindústria em Vista Alegra, no interior de São Paulo. “As maiores dificuldades eram ter a matéria-prima de maneira regular e a falta de equipamentos”, afirma.
Com as parcerias, o produto passou a adquirir mais regularidade na venda, além de procedência mais fiel. “A mandioca produzida é 100% natural, sem o uso de nenhum agrotóxico”, afirma João Nogueira Meireles, presidente da cooperativa. A empresa de São Paulo é responsável pelo processamento da mandioca chips.
Por ser um produto relativamente novo, outra dificuldade é a comercialização da mandioca chip. “Ainda não existe o costume de degustar”, afirma o empresário. Atualmente, o produto é comercializado em 12 municípios do Estado, em mais de 225 postos de vendas.
As vendas são feitas principalmente em conveniências e mercados de pequeno porte, além de serem comercializadas dentro de assentamentos. “O próprio agricultor familiar é consumidor do produto”, ressalta Gleison Rocha, diretor de projetos da cooperativa. A mandioca é produzida nos assentamentos Campo Verde, Santa Mônica, Nova Era, Patagônia e Paraíso.
Por meio da parceria com a agroindústria, a mandioca chips consegue ser comercializada nos estados de São Paulo e Espírito Santo. Porém, Marcelo já estuda possibilidades de distribuí-la em Mato Grosso e Rondônia.
A parceria com a cooperativa do próprio estado acaba se refletindo no preço final do produto, que chega ao mercado custando no máximo R$ 2,00 o pacote de 450 gramas.
Mandioca chips será um dos produtos exclusivos comercializados na Copa de 2014
A parceria com a cooperativa de agricultura familiar também proporcionou a oportunidade da mandioca chips ser um dos produtos que conquistaram espaço em hotéis, restaurante e postos de vendas montados exclusivamente para a Copa do Mundo de 2014, que ocorrerá no Brasil.
O produto chegou ao Mundial com ajuda de projetos de divulgação do Governo do Estado. De acordo com Marcelo Saad, 60 mil pacotes de mandioca chips serão enviados inicialmente para comercialização. A iniciativa também proporciona um maior alcance do produto, já que se trata de equenos empreendedores.
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