Dobashi diz que Estado fazia contrato emergencial com Neorad para radioterapia
Beatriz Dobashi, Secretária de Estado de Saúde que pediu afastamento após os escândalos revelados pela Operação Sangue Frio da Polícia Federal depõe na manhã desta segunda-feira (7) na CPI da Saúde da Câmara. Ela revelou que o Estado mantinha convênio com a clínica Neorad por meio de contratos emergenciais. Segundo Dobashi, o contrato foi feito […]
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Beatriz Dobashi, Secretária de Estado de Saúde que pediu afastamento após os escândalos revelados pela Operação Sangue Frio da Polícia Federal depõe na manhã desta segunda-feira (7) na CPI da Saúde da Câmara. Ela revelou que o Estado mantinha convênio com a clínica Neorad por meio de contratos emergenciais.
Segundo Dobashi, o contrato foi feito em foi feito em dezembro de 2007, quando o então Secretário Municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta foi a uma reunião da comissão bipartite e disse que a fila de espera em Campo Grande para a radioterapia estava grande.
“Ele [Mandetta] disse que queria limpar a fila da oncologia. Como isso não poderia ser feito com recurso da união, A CIB [Comissão Bipartite] aceitou a decisão da contratação, que foi bancada com dinheiro do Estado e Município, já que na fila estavam pacientes do interior também”, explicou a ex-secretária.
Para a contratação, o Estado repassava dinheiro para o Fundo Municipal de Saúde que contratava emergencialmente a Neorad. Dobashi era a presidente da comissão bipartite na época.
Habilitação do Regional
Após a contratação, Beatriz disse aos vereadores que foi solicitado ao Ministério da Saúde a habilitação da Neorad com algum hospital. “Não foi possível habilitar o Hospital Regional por questões jurídicas, então habitaram a Santa Casa, utilizando a tabela SUS ainda com desconto de 4%”, garantiu.
Com essa habilitação, segundo Dobashi, o Estado passou a contar com a oncologia do Regional sem a radioterapia, que era feita na Santa Casa e no Hospital Evangélico em Dourados.
Sucateamento da radioterapia no HU
A ex-secretária garante que foram enviados ofícios perguntando porque do sucateamento da radioterapia no Hospital Universitário em Campo Grande. “Diziam que o equipamento não funcionava direito e que estavam com dificuldades para consertá-lo”.
Sobre ser amiga de José Carlos Dorsa, ex-diretor do HU e de Adalberto Siufi, da Neorad, Beatriz Dobashi garantiu que só mantinha relação de gestor para gestor com eles.
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