Diretor da Santa Casa diz que culpa de superlotação é da Prefeitura

O presidente da Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG), mantenedora da Santa Casa, Wilson Teslenco, declarou em coletiva na manhã desta segunda-feira (25), que a Prefeitura de Campo Grande tem que atender os traumas mais leves, responsáveis pela superlotação na Santa Casa. A Santa Casa de Campo Grande está com problemas de superlotação e falta […]

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O presidente da Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG), mantenedora da Santa Casa, Wilson Teslenco, declarou em coletiva na manhã desta segunda-feira (25), que a Prefeitura de Campo Grande tem que atender os traumas mais leves, responsáveis pela superlotação na Santa Casa.

A Santa Casa de Campo Grande está com problemas de superlotação e falta de leitos. O Ministério Público Estadual (MPE) deu prazo de dez dias para que aja disponibilidade de leitos hospitalares necessários.

“A Secretaria Municipal de Saúde tem que ampliar seus contratos com outros hospitais, dar resolutividade para as unidades básicas e aos hospitais do interior, para diminuir as ocorrências de baixa complexidade”, cobrou. Teslenco ainda citou o Cenort (Centro Ortopédico Municipal), que não está em funcionamento. “O Cenort deveria operar estes atendimentos básicos. Se funcionasse tiraria vários traumas leves da Santa Casa”.

Segundo o presidente da ABCG, há dias em que mais de 40 pessoas estão esperando para serem atendidas. “A demanda de traumas leves é muito alta e chegam pacientes com traumas mais graves que temos que atender, o que deixa o atendimento muito mais lento”, revela.

Quando acontecem os chamados “picos de atendimento de baixa complexidade”, os atendimentos mais graves são comprometidos. Teslenco contou que onde cabem 8 pacientes estão internados 16. “Isso compromete totalmente o trabalho”.

Uma medida provisória encontrada pelo hospital e aprovada pela Secretaria Municipal de Saúde é o programa Terceiro Tempo, que atende o paciente, faz uma pré-avaliação, se houver alguma urgência como imobilização, já faz, e agenda um novo atendimento para dois, três dias depois. “Para desafogar, para não manter uma pessoa no hospital que não está recebendo tratamento”, explica Teslenco. O programa já está em funcionamento.

Em cima da hora

A anuência da Prefeitura veio em cima do prazo final neste mês, o que quase comprometeu o pagamento do décimo terceiro aos funcionários da Santa Casa. “Poderia ter vindo antes, atrasou os recursos para os compromissos especiais de dezembro”, reclama o diretor da Santa Casa.

E se o quadro piorar?

Além do problema de superlotação, há a possibilidade da paralisação dos procedimentos de anestesia no Hospital Universitário e no Hospital Regional por conta da polêmica da SERVAN que não quer renovar a prestação de serviços com base na remuneração do SUS. Caso aja a paralisação, a Santa Casa teria que atender os casos de anestesia dos dois hospitais.

Teslenco se mostra preocupado com o quadro. “Aí teremos que fazer só emergências, pois o volume seria muito grande com a inabilitação do HU e do Regional. Esperamos que impere o bom senso”, finalizou.

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