Diretor da Rio-2016 diz que comitê organizador não terá verba pública
O diretor de Comunicação do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016, Mário Andrada, afirmou nesta terça-feira que o órgão não precisará de recursos públicos para desempenhar seu papel na preparação para a Olimpíada. Apesar de dossiê de candidatura do Rio à sede dos Jogos de 2016 prever que governos repassem até R$ 1,8 […]
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O diretor de Comunicação do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016, Mário Andrada, afirmou nesta terça-feira que o órgão não precisará de recursos públicos para desempenhar seu papel na preparação para a Olimpíada. Apesar de dossiê de candidatura do Rio à sede dos Jogos de 2016 prever que governos repassem até R$ 1,8 bilhão ao comitê, esse dinheiro não será necessário.
“Não vai ter dinheiro público”, taxou o diretor do Rio-2016, que participou do Congresso da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo). “Existe a previsão de investimento do governo, mas não vamos precisar”.
O Comitê é responsável por organizar e garantir a realização dos Jogos. Ele pagará, por exemplo, equipamentos utilizados nas provas, funcionários, árbitros etc. As estruturas físicas, como o novo Velódromo, e obras de mobilidade urbana, caso dos BRTs, ficam a cargo de município, estado e federação, de acordo com cada projeto.
Andrada explicou que a dispensa da ajuda financeira de governos foi definida em reuniões sobre a Matriz de Responsabilidades da Olimpíada. Esse documento vai apontar todos os projetos necessários para a organização da Olimpíada de 2016 e quem será o responsável por eles: prefeitura, governo do Estado, governo federal ou comitê.
A tal matriz ainda não foi completamente definida e, por isso, ainda não foi divulgada. Andrada afirmou que a divulgação do documento deve ocorrer “em breve”. Já adiantou, contudo, que tudo o que for incluído lá como uma tarefa do comitê Rio-2016 será pago com dinheiro arrecadado pelo próprio órgão, principalmente com patrocínios e parcerias privadas.
O diretor do Rio-2016 só ressaltou que existe a possibilidade de o comitê pagar menos coisas do que o inicialmente previsto. Ele disse que projetos que, no dossiê de candidatura seriam custeados pelo comitê, podem ser repassados ao governo para adequação do orçamento à dispensa de recursos públicos pelo Rio-2016.
Ainda sobre a matriz, Andrada reconheceu atrasos na sua definição. Lembrou que o próprio diretor executivo do comitê Rio-2016, Sidney Levy, anunciou que ela a lista de projetos olímpicos seria divulgada em maio. Segundo Andrada, entretanto, discussões inclusive sobre as manifestações populares comprometeram a programação.
“O atraso não é culpa de um órgão ou uma pessoa só”, disse Andrada. “Existe uma discussão. Todos sabem que o ambiente político mudou. Todos viram as manifestações durante a Copa das Confederações.”
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