Cultura domina os debates propostos pelos conselhos municipais e Júlio Cabral diz que área precisa de mais estrutura
Os investimentos na Cultura esquentaram os ânimos na Audiência Pública realizada no Plenário Edroim Veredito, na Câmara Municipal, que debateu com todos os secretários da gestão de Alcides Bernal (PP), o Plano Plurianual (PPA) e o Orçamento 2014-2017. Pelo menos três conselheiros ocuparam a tribuna para exigir a aplicação de 1% na área. “O prefeito […]
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Os investimentos na Cultura esquentaram os ânimos na Audiência Pública realizada no Plenário Edroim Veredito, na Câmara Municipal, que debateu com todos os secretários da gestão de Alcides Bernal (PP), o Plano Plurianual (PPA) e o Orçamento 2014-2017. Pelo menos três conselheiros ocuparam a tribuna para exigir a aplicação de 1% na área.
“O prefeito tem o compromisso de atender esse anseio mas é preciso dizer que a Cultura necessita de uma estruturação. Não temos espaços e uma organização profissional, por isso posso afirmar que atualmente é uma área que não teria condições de absorver melhor investimentos”, definiu o secretário municipal de Cultura, Júlio Cabral.
De acordo com o ator, professor de Teatro e produtor Cultural, Fernando Cruz, o discurso do Executivo é incoerente. Segundo o conselheiro municipal mesmo na atual gestão é mantido o pensamento regional de que Cultura se faz com obras, e por isso o argumento de estruturação e espaços públicos serem sempre lembrados pelos políticos.
“A Cultura é um direito do cidadão, como é a Saúde, a Educação, a Segurança. A Cultura precisa ser viabilizada pelo Poder Público para que as pessoas nas periferias tenham acesso, para que os artistas consigam levar a sua arte. Essa conversa de que se necessita de prédios e obras para melhorar a Cultura é um pensamento arcaico, provinciano e incoerente”, reclamou Fernando.
Durante a resposta de Júlio Cabral sobre a política municipal para a Cultura o clima também, esquentou quando o cineasta e produtor cultural Cândido Alberto Fonseca interrompeu a resposta para dizer que sempre ouve a mesma desculpa do Poder Público.
“Todo ano é igual, já estou cansado de ouvir isso”, disse irritado.
Cândido esclareceu também que é preciso pensar a Cultura de uma forma profissionalizada. Segundo o cineasta a Área tem um déficit estrutural por ter sido ligada muitos anos com a Secretaria de Educação, o que impediu os governos de ver os artistas e produtores por uma visão de empreendedorismo.
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