Criança abandonada em SP se recusa a pedir esmola e diz ser de Coxim
Uma criança de aparentemente seis anos de idade foi encontrada há quase dois meses abandonada na Vila dos Comerciários em Lorena, no interior de São Paulo. De acordo com a versão apresentada pelo menino ao juiz da Vara da Infância e Juventude, José Fabiano Camboim de Lima, os pais teriam ordenado que o menino pedisse […]
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Uma criança de aparentemente seis anos de idade foi encontrada há quase dois meses abandonada na Vila dos Comerciários em Lorena, no interior de São Paulo. De acordo com a versão apresentada pelo menino ao juiz da Vara da Infância e Juventude, José Fabiano Camboim de Lima, os pais teriam ordenado que o menino pedisse esmola na cidade e, diante da recusa, o abandonaram. Ele está em um abrigo para crianças e adolescentes enquanto a polícia e a Justiça tentam localizar familiares da criança.
Em depoimento à Justiça, o menino que se identificou como Carlos Júnior da Silva Almeida, contou que vivia na cidade de Coxim, e teria ido a Lorena para participar de uma festa religiosa. Lorena celebrou na catedral, entre os dias 6 e 15 de agosto, a festa da Padroeira Nossa Senhora da Piedade – o evento costuma receber turistas, segundo a diocese.
O juiz contou que ele disse ter quatro anos, mas os educadores acreditam que ele tenha entre seis e sete anos e também se referiu a Coxim como uma cidade do Espírito Santo (ES). A criança, que não portava nenhum documento, não apresentava sinais de maus tratos, nem relatou abusos anteriores. Ele apresenta bom estado de saúde.
O menino identificou os pais como sendo Carlos Augusto da Silva Almeida e Dalva da Silva Almeida. Ele não teria irmãos. O abandono teria acontecido por volta das 16h30 do dia 27 de agosto e, segundo o menino, os pais embarcaram em um ônibus para a capital São Paulo. Não há pistas do casal.
Segundo o juiz da Vara da Infância e Juventude, a criança estava abandonada próxima a uma padaria da Vila dos Comerciários e foi abordada por um popular. “Uma pessoa estranhou o menino sozinho e o abordou. A criança sempre conta a mesma versão para o abandono, não faz confusão com as informações como os nomes dos pais ou dele. Só se confundiu mesmo com o estado de origem”, disse.
Abrigo
O menino está abrigado na Associação de Atendimento à Criança e ao Adolescente de Lorena e o desafio da polícia e da Justiça agora é tentar localizar os pais ou algum parente do menino. Caso isso não aconteça, ele poderá ser encaminhado para adoção. Não há prazo para que isso ocorra. “Não está descartado que ele vá para adoção, mas antes vamos esgotar todas as possibilidades de investigação, na tentativa de achar alguma familiar dele”, afirmou o juiz.
Se identificados, os pais podem pegar pena de seis meses a três anos de reclusão por abandono de incapaz. Um boletim de ocorrência foi feito e a Polícia Civil investiga o caso. A delegada Darlene Ultramari da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) não foi localizada na tarde desta segunda-feira (14), para comentar o andamento das investigações.
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