A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde publicou a ata da reunião de apresentação do relatório final, mas até o momento não se tem notícia da prestação de contas. Com gastos de cerca de R$ 350 mil dos cofres públicos, a investigação foi encaminhada para órgãos de controle para as providências necessárias. A reportagem apurou que o presidente da CPI, Amarildo Cruz (PT) teria pago cerca de R$ 70 mil a apenas um dos consultores. Já o parlamentar afirmar que não tem a relação de valores ‘de cabeça’.

O diário oficial da Assembleia Legislativa desta sexta-feira (6) traz na íntegra os detalhes da reunião da apresentação da investigação, os desenrolar dos votos que ‘fechou o tempo’ entre os deputados do PMDB – uma vez que o presidente petista apresentou voto em separado com indiciamento de agentes públicos, ao contrario do relator, Junior Mochi, que apenas faltou de irregularidades e ilegalidades, aliviando para os correligionários Nelsinho Trad (PMDB) – ex-prefeito de Campo Grande, e o governador André Puccinelli.

Mesmo com a publicidade do detalhamento da reunião, que mostra o clima com nuances das falas, no dia do encerramento, a prestação de contas continua uma incógnita. Amarildo declarou à imprensa gastos de cerca de R$ 350 mil, mas afirma que não tem ‘de cabeça’ a prestação de contas que segundo ele é de responsabilidade do departamento financeiro da Assembleia.

Informações dão conta de que a publicação das despesas não teria sido feita por falta de comprovantes e notas fiscais. A reportagem tentou entrar em contato com o presidente da CPI, mas até o fechamento desta edição, não obteve resposta.