O corpo do menino Brayan Yanarico Capcha, 5, segue para La Paz, na Bolívia, às 14h desta segunda-feira (1º), partindo do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A família deve chegar a capital boliviana por volta das 19h do horário local e seguirá até o povoado de Tacamara (100 km de La Paz) por via terrestre, segundo a advogada da família Patrícia Vega. Às 10h desta segunda, a família deve se pronunciar para fazer agradecimentos, de acordo com a advogada.

Brayan foi morto durante um assalto porque seu choro irritou os ladrões. A casa de sua família no bairro de São Mateus, na zona leste de São Paulo, foi invadida na madrugada de sexta-feira (28). Ele foi alvejado na cabeça enquanto estava no colo da mãe.

A criança implorou por sua vida e pela de seus pais até ser calado com o tiro. Seis ladrões levaram R$ 4.500 em dinheiro da casa. Parte disso, seriam economias do próprio menino.

Dois suspeitos do crime já foram presos. Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), o segundo suspeito tem 18 anos e foi preso neste sábado (29). O primeiro foi detido na noite de sexta-feira.

O velório de Brayan acontece desde a noite deste sábado em Guarulhos (SP). Segundo Vega, dezenas de pessoas da comunidade boliviana residente em São Paulo compareceram, deixando a família muito emocionada.

“Eles pegaram uma caixinha de sapato e cada um deu um tanto de dinheiro para que eles não voltassem sem nada para a Bolívia”, disse VegaA criança implorou por sua vida e pela de seus pais até ser calado com o tiro. Seis ladrões levaram R$ 4.500 em dinheiro da casa. Parte disso, seriam economias do próprio menino.

Dois suspeitos do crime já foram presos. Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), o segundo suspeito tem 18 anos e foi preso neste sábado (29). O primeiro foi detido na noite de sexta-feira.

O velório de Brayan acontece desde a noite deste sábado em Guarulhos (SP). Segundo Vega, dezenas de pessoas da comunidade boliviana residente em São Paulo compareceram, deixando a família muito emocionada.

“Eles pegaram uma caixinha de sapato e cada um deu um tanto de dinheiro para que eles não voltassem sem nada para a Bolívia”, disse VegaGoverno boliviano pode receber família diante da repercussão do caso na Bolívia, o presidente do país Evo Morales ou algum representante do governo pode receber a família no aeroporto de La Paz, segundo a advogada.

“A repercussão [do caso] foi enorme. A Bolívia está mobilizada. Além da família dos avós do Brayan, dos tios, parece que o presidente ou algum representante dele estará no aeroporto [para receber a família]”, disse.

Os pais Edberto Capcha, 28, e Verónica Capcha, 24, estavam há seis meses no Brasil. Trabalhavam em uma oficina de costura improvisada no próprio quarto do casal. No sobrado onde moravam viviam oito adultos e duas crianças.

Brayan não frequentava a escola, situação que fazia os pais repensarem em voltar à Bolívia.

Menino fazia convites antes do assalto

Brayan faria seis anos no próximo dia 6 de julho. Ansioso por uma festa de aniversário, ele mesmo começou a desenhar os convites que daria aos amigos até ser interrompido por ladrões que entraram em sua casa. Ele havia dado três opções de presentes preferidos: um carrinho, um boneco do pica-pau ou uma roupa nova.

“Brayan era um menino super alegre, que aprendeu a falar português sozinho e estava ensinando a língua para a mãe. Ele tinha pedido para voltar para a Bolívia e por isso os pais estão se sentindo muito culpados”, disse Vega.

Latrocínios crescem em São Paulo

O número de latrocínios registrados no Estado de São Paulo aumentou 13% nos primeiros cinco meses do ano em comparação com o mesmo período de 2012. Foram 153 casos registrados no ano passado, ante 173 em 2013. Os dados foram divulgados na terça-feira (25) pela Secretaria de Segurança Pública.

Dois casos de latrocínio chamaram a atenção nos últimos meses no Estado: dois dentistas foram queimados por criminosos que assaltaram seus consultórios. O primeiro caso aconteceu no dia 25 de abril, em São Bernardo do Campo (Grande SP).

A vítima, Cinthya Magaly Moutinho de Souza, 46, foi queimada depois que os assaltantes verificaram que havia apenas R$ 30 em sua conta bancária. A dentista morreu na hora.

Quase um mês depois, no dia 27 de maio, o dentista Alexandre Peçanha Gaddy, 41, foi queimado durante um suposto assalto a seu consultório em São José dos Campos (SP) e morreu oito dias depois. Na quinta-feiar (27), a polícia prendeu dois suspeitos de terem participado do crime.