Conmebol suspenderá árbitro que apitou Corinthians e Boca Juniors
A Comissão de Árbitros da Conmebol só espera Aristeu Tavares, ex-presidente da Comissão de Árbitros da CBF e assessor de arbitragem da partida entre Corinthians e Boca Juniors, entregar o seu relatório sobre a atuação de Carlos Amarilla na última quarta-feira, no estádio do Pacaembu, para estudar que tipo de punição aplicará ao paraguaio. O […]
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A Comissão de Árbitros da Conmebol só espera Aristeu Tavares, ex-presidente da Comissão de Árbitros da CBF e assessor de arbitragem da partida entre Corinthians e Boca Juniors, entregar o seu relatório sobre a atuação de Carlos Amarilla na última quarta-feira, no estádio do Pacaembu, para estudar que tipo de punição aplicará ao paraguaio.
O uruguaio Ernesto Filippi, membro da Comissão de Árbitros da Conmebol, não quis adiantar a pena que será aplicada a Amarilla, mas já dá como certa uma suspensão do paraguaio. “Quando a Comissão analisa a atuação dos árbitros e entende que ocorreram erros importantes e os árbitros não cumpriram os requisitos mínimos de rendimento, eles não são escalados em partidas futuras”, disse.
A reportagem apurou que Amarilla, um dos árbitros de maior prestígio na Conmebol, não voltará a apitar nessa Libertadores e que ele não será punido sozinho. Os auxiliares Rodney Aquino e Carlos Caceres, também paraguaios, irão para a “geladeira” junto com Amarilla. Na última quarta, o paraguaio não marcou dois pênaltis para o Corinthians e ainda anulou dois gols do time alvinegro.
O primeiro erro ocorreu logo aos nove minutos do primeiro tempo, quando o lateral-direito Marín colocou a mão na bola dentro da área. O árbitro não marcou pênalti e ainda puniu Emerson com um cartão amarelo por reclamação. Se marcasse a infração, Marín deveria ser expulso porque já tinha amarelo. Aos 24, Rodney Aquino marcou impedimento inexistente de Romarinho e anulou o gol do corintiano. Na etapa final, mais um erro. Aos 37, Emerson foi empurrado e derrubado dentro da área.
Mesmo que o relatório de Aristeu não aponte esses erros, a situação de Amarilla não muda. “O assessor de árbitros é o encarregado de fazer o informe oficial e quando chega à Comissão, é analisado. Mas podemos apreciar a atuação do árbitro pela televisão e cada um tem a sua opinião”, disse Filippi.
O Corinthians estuda entrar com um representação contra Amarilla na Conmebol, mas segundo Filippi, a reclamação do clube também não influenciará na decisão da Comissão. “Todas as instituições têm a possibilidade de usar os mecanismos jurídicos que entendem que são necessários para efetuar as suas reclamações nos organismos da Conmebol, mas sempre analisamos as atuações dos árbitros, haja reclamação ou não”, afirmou.
O Corinthians pretende publicar uma carta de repúdio em seu site oficial, nesta sexta, criticando mais uma vez a atuação de Amarilla. Nesta carta, a diretoria também irá agradecer o apoio e principalmente o comportamento dos torcedores no Pacaembu mesmo após a eliminação para o Boca Juniors.
Carlos Amarilla saiu escoltado por policiais do Pacaembu. O juiz conversou apenas com um jornalista do Paraguai ainda no estádio. Segundo apurou a reportagem, ele assistiu aos lances ainda no estádio, em um tablet. E teria ali mesmo já reconhecido os erros que cometeu.
PAULO ANDRÉ – O zagueiro defendeu nesta quinta uma punição ao árbitro paraguaio Carlos Amarilla. “Isso não alivia em nada, não muda a eliminação, mas é o mínimo que pode acontecer com ele”, disse. “Mas só isso não basta, outras medidas devem ser tomadas para que não ocorram novamente outros erros”.
Um dos líderes do elenco, Paulo André foi o escolhido para dar entrevista no CT Joaquim Grava no dia seguinte à eliminação diante do Boca Juniors. Para o zagueiro, não é possível afirmar que Amarilla estava “premeditado” a errar contra o Corinthians. Mas ele classificou a atuação do árbitro como “esquisita”. “Eu não tenho provas para acusá-lo, isso até foge da minha esfera, mas achei esquisito ele dar um cartão para o Emerson, outro para o goleiro (Orión) com 15 minutos, e depois que ele fez cera o jogo inteiro não deu mais nada. Foi intragável, inaceitável”.
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