Concentração perdida com uso de tecnologia ‘pode ser recuperada’

Você já se distraiu de uma tarefa para checar seu perfil nas redes sociais? Ou perdeu uma conversa na mesa do restaurante porque estava respondendo mensagens no smartphone? Para Larry Rosen, professor da Universidade Estadual da Califórnia e pesquisador da chamada “psicologia da tecnologia”, você não está sozinho: a capacidade média de concentração dos participantes […]

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Você já se distraiu de uma tarefa para checar seu perfil nas redes sociais? Ou perdeu uma conversa na mesa do restaurante porque estava respondendo mensagens no smartphone?

Para Larry Rosen, professor da Universidade Estadual da Califórnia e pesquisador da chamada “psicologia da tecnologia”, você não está sozinho: a capacidade média de concentração dos participantes de suas pesquisas é de apenas 3 a 5 minutos. Depois disso, eles se distraem, sem conseguir terminar seus estudos ou trabalhos.

O problema tende a se acentuar à medida que nos tornamos cada vez mais inseparáveis de tablets e smartphones – e as consequências podem ser ruins para nossa capacidade de ler, aprender e executar tarefas.

“Se ficamos trocando de tarefa, nunca passamos tempo o bastante para nos aprofundarmos em nenhuma delas. Três minutos certamente não bastam para estudar”, diz Rosen, autor de livros sobre o impacto social da tecnologia. Sua próxima obra, em conjunto com um neurocientista, se chamará justamente The Distracted Mind (A Mente Distraída, em tradução livre).

Em entrevista, ele sugere técnicas simples para “reprogramar” o cérebro a reconquistar essa habilidade de prestar atenção.

E, no caso de adolescentes, não adianta vetar a tecnologia – mas sim estimulá-la em horas certas.

Uma das regras que recomendo é: tire seu celular ou notebook do quarto uma hora antes de ir dormir e não se permita checá-los até o dia seguinte.

Hoje, nossos estudos mostram que a maioria dos adolescentes e jovens adultos dorme ao lado dos seus telefones e acorda no meio da noite para checá-los. Isso é péssimo para o seu cérebro, que precisa de blocos longos e consistentes de sono. E também prejudica o aprendizado.

Acho que isso ainda vai piorar, até que as pessoas percebam o efeito negativo sobre sua saúde. E daí começarão a pensar: será que eu realmente preciso checar meu feed de Twitter 20 vezes por dia? Será que realmente preciso estar em sete redes sociais diferentes?

Mas no momento estamos tão empolgados com a tecnologia que somos como crianças em uma loja de doces: queremos experimentar tudo.

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