Com show da bateria, A Pesada faz desfile apoteótico na avenida
Com show da bateria, que fez evoluções ao longo da Avenida, recuo e incontáveis “paradinhas”, deixando o samba apenas ao som do cavaco e das 1.200 vozes dos componentes da escola, A Pesada fez um desfile que empolgou o público que assistia ao espetáculo na passarela do samba pantaneiro. Com alegorias grandiosas, a agremiação mostrou […]
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Com show da bateria, que fez evoluções ao longo da Avenida, recuo e incontáveis “paradinhas”, deixando o samba apenas ao som do cavaco e das 1.200 vozes dos componentes da escola, A Pesada fez um desfile que empolgou o público que assistia ao espetáculo na passarela do samba pantaneiro.
Com alegorias grandiosas, a agremiação mostrou que em 2013 veio com um só intuito: ser campeã do Grupo Especial do carnaval de Corumbá. Com uma ode à leitura proposta pelo interessante enredo “Alice leva A Pesada para uma viagem encantada ao Mundo das Maravilhas”, a agremiação levou 1.200 componentes para a avenida, distribuídos em 16 alas. A bateria, marca inconfundível da escola, desceu com 130 ritmistas com a fantasia “Os Homens de Lata”.
O desfile começou com uma bela homenagem e incentivo à leitura. A Comissão de Frente representou os “Feiticeiros da Extinção”. Os componentes passaram a ideia que com a invenção do computador a leitura estaria entrando em fase de extinção por crianças e jovens. O pergaminho nas mãos dos dançarinos simboliza o fim. Mas, a comissão ressaltou que o trabalho incansável dos professores pode reverter essa situação. Ursos coalas simbolizaram na apresentação da agremiação a própria extinção.
Carro abre-alas trouxe a balança símbolo da escola de samba e uma representação do enredo “O País das Maravilhas”. Alegoria contou com esculturas inspiradas em personagens do livro Alice no País das Maravilhas, como o cogumelo mágico; coelhos gigantes apressados e aquilo que a agremiação definiu como “verdadeira face de Alice”.
O segundo setor do desfile da Pesada trouxe o carro alegórico “Alice do Outro Lado do Espelho”. Representou o Reino das Rainhas Azuis e Vermelhas. Escultura de um grande espelho e fez referência ao espelho mágico da história da Branca de Neve e os Sete Anões.
Nesse setor a Ala das Baianas foi inspirada nas personagens Rainha Azul e Rainha Vermelha, que viviam do outro lado do espelho. As 26 baianas usavam fantasias em preto e dourado com detalhes em azul e vermelho.
Deixando um pouco de lado a Alice, o desfile da Pesada enveredou pela exaltação aos clássicos personagens de livros infantis da literatura universal. O terceiro setor contou a história do Mágico de Oz. Num carro, a jovem Dorothy que após um ciclone saiu da segurança da terra onde mora direto para o mundo encantado de Oz. Lá encontra o homem de lata;o leão medroso e o espantalho. Juntos buscam o mágico de Oz para concretizarem seus desejos. Antes enfrentam bruxas e não podem desviar da estrada de tijolos amarelos.
Outro personagem infantil passou pelo desfile da Pesada. O quarto setor trouxe a história de Chapeuzinho Vermelho e o Lobo Mau. No desfile foi possível perceber a floresta encantada; seus pássaros; flores e borboletas. Era o caminho da Chapeuzinho até a casa da vovózinha. Carro trouxe um destaque feminino representando Chapeuzinho Vermelho, além do lobo e a vovó.
No setor final do desfile, a agremiação tratou da mentira e seu personagem símbolo o Pinóquio, que na literatura infantil toda vez que mentia via seu nariz crescer. Carro alegórico representou o mar e a passagem da história em que Pinóquio fica preso na barriga de uma baleia. Ala dos Professores passou simbolizando os responsáveis por perdurar os contos infantis e os verdadeiros “guardiões da leitura”. Corujas representaram os “Mensageiros da Esperança” de manter viva a Sabedoria encerrou o desfile.
Neidivial Colombo, presidente da A Pesada, disse ao Diário que a diretoria “fez a parte dela” preparando o desfile e, na avenida, o papel de defender o enredo “coube a cada componente”. Tudo o que ele espera da apresentação desta noite é “resultado melhor que o ano passado”.
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