Com reajuste do governo, preço dos medicamentos disparam em Campo Grande

O reajuste de até 6,31% nos preços dos medicamentos autorizado pelo governo federal no início do mês passado já causa impactos em Campo Grande. Os remédios foram os vilões da inflação medida em abril na Capital – alguns remédios, como antidiabéticos, ficaram 8,94% mais caros nas prateleiras das farmácias, assim como antiinflamatórios (7,83%), entre outros. […]

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O reajuste de até 6,31% nos preços dos medicamentos autorizado pelo governo federal no início do mês passado já causa impactos em Campo Grande. Os remédios foram os vilões da inflação medida em abril na Capital – alguns remédios, como antidiabéticos, ficaram 8,94% mais caros nas prateleiras das farmácias, assim como antiinflamatórios (7,83%), entre outros.

“Assim que os percentuais de aumento foram divulgados, as farmácias passam a trabalhar com uma nova tabela de preços”, explica o coordenador do Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas) da Anhanguera-Uniderp, que calcula a inflação mensalmente na Capital, Celso Correia.

Por causa da alta, ao índice apurado voltou a subir em abril, e chegou a 0,30%, depois de, no mês de março, passar pela primeira queda dos últimos 20 meses. Junto com os gastos com medicamentos, a alimentação também motivou a alta. “Os hortifrútis, como o tomate e a batata, continuam os preços em ascensão. Além disso, alguns cortes de carnes também ficaram mais caros”, explica Correia.

Desonerações impediram que inflação disparasse

A inflação só não disparou na Capital porque as desonerações de impostos seguraram o índice. As contas de energia elétrica ficaram 3,17% mais baratas, assim como alguns itens que compõem a cesta básica, que também passou por isenção de impostos, e ficaram mais baratos. “Se essas desonerações não tivessem acontecido, o índice seria de aproximadamente 0,52% “, estima Correia.

Ainda conforme a pesquisa no Nepes, os dez produtos que mais contribuíram para a elevação da inflação na cidade de Campo Grande foram: batata; leite pasteurizado; cabeleireiro (corte e tintura); blusa; antiinflamatório e antireumático; hipotensor e hipocolesterínico; tomate; cenoura; automóvel novo e cebola. Já os dez produtos que mais contribuíram para a queda da inflação foram: energia elétrica; açúcar; óleo de soja; arroz; televisor; pescado fresco; café; maracujá; papel higiênico e pescado fresco.

A inflação acumulada nos últimos doze está em 5,71%, e ultrapassa o centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) – de 4,5% em 2013. Já a inflação acumulada no ano é de 1,81%.

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