Com FHC, Sarney, Collor e Lula na bagagem, Dilma viaja para participar do funeral de Mandela

A presidente Dilma Rousseff embarcou nesta segunda-feira (09) para a África do Sul, onde deve acompanhar in loco o funeral do ex-presidente sulafricano Nelson Mandela, que morreu na última quinta-feira (05), vítima de complicações respiratórias. Acompanhada de quatro ex-presidentes brasileiros (Fernando Henrique Cardoso, Lula, Fernando Collor e José Sarney), o avião presidencial…

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A presidente Dilma Rousseff embarcou nesta segunda-feira (09) para a África do Sul, onde deve acompanhar in loco o funeral do ex-presidente sulafricano Nelson Mandela, que morreu na última quinta-feira (05), vítima de complicações respiratórias.

Acompanhada de quatro ex-presidentes brasileiros (Fernando Henrique Cardoso, Lula, Fernando Collor e José Sarney), o avião presidencial deixou a base aérea do aeroporto do Santos Dumont (RJ) no início desta tarde, e deve chegar no fim da noite em Johanneburgo, cidade que receberá o funeral de Mandela.

Pelo twitter, Dilma destacou a presença dos cinco ex-presidentes do País e disse que a companhia deles na comitiva é demonstração de que “não há divergências partidárias em assuntos de Estado no Brasil”.

“Estou viajando acompanhada dos ex-presidentes Sarney, Collor, Fernando Henrique e Lula para acompanhar os funerais do grande líder Mandela. É uma honra poder reunir todos os ex-presidentes num objetivo comum. O Estado brasileiro se une para honrar Mandela, exemplo que guiará todos aqueles que lutam pela justiça social e pela paz. É uma demonstração de que as eventuais divergências no dia-a-dia não contaminam as posições do Estado Brasileiro”, disse a presidente em sua conta oficial no Twitter, onde é seguida por mais de 2 milhões de pessoas.

Segundo a imprensa internacional, mais de 90 chefes de Estado do mundo devem participar das solenidades de sepultamento de Mandela. Os rituais se darão no estádio FNB, em Johanneburgo, que é o mesmo estádio onde Nelson Mandela assistiu a Copa do Mundo, em 2010.

Além de Dilma Rousseff e os ex-presidentes brasileiros, a presença dos presidentes Barack Obama (EUA), François Hollande (França), David Cameron (Reino Unido) e Raúl Castro (Cuba) também são aguardadas pelo cerimonial do governo da África do Sul.

Críticas veladas

Antes do embarque, a presidente Dilma participou no Rio de Janeiro de um seminário promovido pela Fundação Clinton Global Initiative (CGI), presidida pelo ex-presidente norte-americano, Bill Clinton, que esteve no evento sobre a integração e o futuro da América Latina.

Durante o evento, Dilma alfinetou seus antecessores sobres os problemas econômicos enfrentados pelo País nas décadas anteriores, numa crítica velada a Fernando Henrique Cardoso (PSDB): “Pagamos hoje o efeito de décadas de omissão”, afirmou. “Até fins de 2012 experimentamos uma expansão de nossa economia depois de um longo período de estagnação. Diferente do passado essa expansão não se fez às custas da desigualdade social”, atirou.

Segundo Dilma, é preciso colocar a integração e a busca de soluções conjuntas como uma meta para os países da região. “Por muitos e muitos anos o Brasil foi pensado como um País pequeno, voltado aos países desenvolvidos e para uma parcela pequena da população. Não foi pensado para todos, voltado para todos, e, no nosso caso, para os nossos vizinhos da América do Sul”, afirmou a presidenta brasileira.

O funeral de Nelson Mandela com a presença dos chefes de Estado de diversas partes do mundo deve ocorrer na manhã desta terça-feira (10).

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